Economia

IBGE avalia que 1º trimestre teve conjunção de fatores favorecendo consumo das famílias

IBGE avalia que 1º trimestre teve conjunção de fatores favorecendo consumo das famílias IBGE avalia que 1º trimestre teve conjunção de fatores favorecendo consumo das famílias IBGE avalia que 1º trimestre teve conjunção de fatores favorecendo consumo das famílias IBGE avalia que 1º trimestre teve conjunção de fatores favorecendo consumo das famílias

O mercado de trabalho aquecido foi um dos fatores a impulsionar o consumo das famílias a novo recorde no primeiro trimestre, segundo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,5% no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, como resultado de uma melhora no mercado de trabalho, mas também de reduções nas taxas de juros e na inflação, em meio à manutenção de programas de governo de transferências de renda.

“Nesse trimestre, a gente vê uma conjunção de coisas favorecendo o consumo das famílias. A inadimplência continua alta, mas diminuiu com o programa de governo Desenrola. A gente tem continuação de vários programas de transferência de renda às famílias. O próprio mercado de trabalho está tendo crescimento não só de emprego, mas também da massa salarial nas mãos das famílias, o que aumenta a renda disponível para gastar. Os juros e a inflação estão mais baixos. O crédito às famílias está crescendo também”, enumerou Rebeca Palis, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Outro destaque positivo na atividade econômica, sob a ótica demanda, foi a expansão de 4,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) no primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023. O avanço foi puxado pela alta na importação de bens de capital, pelo aumento no desenvolvimento de softwares e por uma expansão na construção, enquanto a produção nacional de bens de capital permanece com perdas ante o ano anterior.

“A trajetória de queda da taxa de juros ajuda a FBCF. E teve a valorização do real, que ajudou nas importações de bens de capital”, justificou Palis.

O setor externo contribuiu negativamente para o avanço do PIB no primeiro trimestre. As exportações subiram apenas 0,2% ante o quarto trimestre de 2023, enquanto as importações aumentaram 6,5%, favorecidas pelo câmbio, disse a pesquisadora.

“O PIB cresceu por conta da demanda interna”, frisou Palis.