Economia

Indicador antecedente de emprego cai 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado

Indicador antecedente de emprego cai 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV Indicador antecedente de emprego cai 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV Indicador antecedente de emprego cai 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV Indicador antecedente de emprego cai 0,6 ponto em fevereiro ante janeiro, diz FGV
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,6 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, para 82,9 pontos, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu 0,5 ponto.

“Depois de um período de recuperação do IAEmp, que durou até o final do ano passado, o início de 2021 mostra que esse não será um processo simples e que ainda existem muitos obstáculos. O cenário ainda é muito incerto e o recrudescimento da pandemia torna ainda mais difícil a retomada de setores chaves para o emprego, como por exemplo o setor de serviços. Enquanto não for possível observar efeitos positivos da vacinação, é difícil pensar em resultados positivos para o mercado de trabalho”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,5 ponto em fevereiro ante janeiro, para 99,3 pontos. “Nos últimos resultados o ICD vem oscilando em patamar muito elevado. Esse cenário sugere que a taxa de desemprego deve continuar sendo pressionada nesses primeiros meses do ano, principalmente com a piora nos números da pandemia. Diante desse cenário, para os próximos meses ainda é difícil imaginar uma trajetória muito positiva”, completou Rodolpho Tobler.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, cinco dos sete componentes recuaram em fevereiro, com destaque para o componente que mede a expectativa para os próximos seis meses do setor de Serviços, que recuou 5,6 pontos mês.

No ICD, houve alta em três das quatro faixas de renda familiar. A maior contribuição para o resultado foi das famílias com renda mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, cujo indicador de Emprego local atual (invertido) subiu 1,4 ponto em fevereiro ante janeiro.