Economia

Índice de Confiança da Construção sobe 1,5 ponto em novembro, revela FGV

O avanço foi influenciado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que teve alta de 2,4 pontos, atingindo 81,3 pontos. Em seis meses, o indicador acumula ganho de 8,9 pontos

Índice de Confiança da Construção sobe 1,5 ponto em novembro, revela FGV Índice de Confiança da Construção sobe 1,5 ponto em novembro, revela FGV Índice de Confiança da Construção sobe 1,5 ponto em novembro, revela FGV Índice de Confiança da Construção sobe 1,5 ponto em novembro, revela FGV
Foto: Google Images

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,5 ponto em novembro, para 89,0 pontos, atingindo maior nível desde setembro de 2014 (89,9), informou nesta terça-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice registrou alta de 0,5 ponto, mantendo a tendência ascendente iniciada em junho deste ano.

O avanço foi influenciado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que teve alta de 2,4 pontos, atingindo 81,3 pontos. Em seis meses, o indicador acumula ganho de 8,9 pontos. Também houve aceleração no Índice de Expectativas (IE-CST), de 0,5 ponto, passando a 97 pontos. Conforme a FGV, o desempenho compensou a perda apresentada anteriormente. O resultado, informa, foi puxado pela dinâmica dos negócios nos próximos seis meses, cujo indicador subiu 1,3 ponto, para 96,9 pontos.

Já o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor registrou elevação de 0,4 ponto porcentual, para 70,5%. O Nuci para Máquinas e Equipamentos mostrou alta de 0,3 ponto porcentual, enquanto o Nuci para Mão de Obra cresceu 0,5 ponto.

Conforme a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, uma questão relevante no movimento de retomada é o acesso ao crédito pelas empresas. Com a queda básica de juros, a Selic, ela diz esperar que o crédito para o segmento se torne mais acessível e com melhores condições.

“Esse é um elemento fundamental na retomada. De fato, o indicador subiu 8,0 pontos no acumulado do ano, com uma melhora mais forte no segundo semestre: 4,5 pontos entre junho e novembro. Entre as parcelas deste indicador, a proporção de empresas que reportaram que está fácil conseguir crédito subiu 1,9 ponto porcentual, para 9,2%, melhor resultado desde dezembro de 2014 (12,5%), enquanto que a proporção de empresas que reportaram que está difícil conseguir crédito recuou 1,3 ponto porcentual, passando a 39,3%. No entanto, é importante observar que a percepção predominante entre os empresários é pessimista”, explica em nota a coordenadora.

Edificações

De acordo com a FGV, a alta da Confiança setorial no mês foi impulsionada por edificações. O ISA do segmento registrou o melhor resultado desde fevereiro de 2015. Ainda assim, a entidade lembra que a base de comparação é baixa, em razão da crise. Outro ponto relevante é que, a despeito da percepção mais positiva generalizada, o indicador de mão de obra prevista registrou queda na comparação com outubro e ainda há mais empresários apontando redução da mão de obra do que contratação nos próximos meses, cita a coordenadora.

“Finalmente a melhora nas vendas e lançamentos registrados no mercado imobiliário em algumas cidades do País, notadamente São Paulo, começa a se refletir de modo mais expressivo nos indicadores”, finaliza.