Economia

Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC

Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC

Brasília – O Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional atingiu 16,7% no final do ano passado ante 15,5% verificados ao final do primeiro semestre de 2014, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira, 19. Na segunda metade de 2013, o indicador estava em 16,1%, sendo que o nível mínimo regulatório é de 11%.

O Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia, que recomenda uma relação mínima entre o Capital Base (Patrimônio de Referência – PR) e os riscos ponderados. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, é preciso ter R$ 11,00 levando em consideração o nível mínimo regulatório.

O REF informou também que o Índice de Liquidez do sistema passou de 1,71 no primeiro semestre de 2014 para 2,02 no fim do ano passado. O número do primeiro semestre foi revisado, no relatório anterior era de 1,51. Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações e representa a relação entre os ativos mais líquidos do sistema bancário e a honra de seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.

O BC verificou uma melhora na capitalização das instituições financeiras brasileiras entre junho e dezembro de 2014, sendo que nenhuma instituição apresentava no segundo semestre nível de capital principal inferior a 7% do ativo ponderado de risco (RWA), nível que será requerido em 2019. No primeiro semestre, havia uma instituição com nível de capital principal inferior ao mínimo exigido, que atualmente é de 4,5% do RWA.

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (RSPL) do sistema bancário caiu para 13% ao ano em dezembro passado, ante taxa de 13,7% ao ano observada seis meses antes.

Solvência

A solvência do sistema bancário permaneceu estável no período e as métricas utilizadas para a sua mensuração continuaram em patamar elevado. “Os índices de capitalização seguiram em níveis superiores aos dos requerimentos regulatórios, o que, associado aos resultados da simulação da plena implementação do arcabouço de Basileia III e da introdução do futuro

requerimento de razão de alavancagem, confirmaram a confortável situação de solvência do sistema”, trouxe o documento.

Nas simulações de situações de estresse, o sistema bancário brasileiro apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos. Os bancos também reagiram bem, de acordo com o documento, a mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio, na inadimplência e nos preços dos imóveis residenciais.

SBP

O BC avalia que o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) funcionou de forma “eficiente e segura” no segundo semestre de 2014. A instituição diz que nos sistemas de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garantiu que as liquidações ocorressem com tranquilidade, sobretudo no que diz respeito ao Sistema de Transferência de Reservas (STR), diz o BC.