Economia

Indústrias do setor de vestuário se unem para produzir equipamentos de proteção

Uma pesquisa encomendada pela Câmara do Vestuário, realizada pela Premium Opinião Pública, aponta que 94% das empresas tiveram redução nas vendas, sendo que, destas, 20% zeraram as vendas

Indústrias do setor de vestuário se unem para produzir equipamentos de proteção Indústrias do setor de vestuário se unem para produzir equipamentos de proteção Indústrias do setor de vestuário se unem para produzir equipamentos de proteção Indústrias do setor de vestuário se unem para produzir equipamentos de proteção
Foto: Pixabay

A indústria têxtil e de confecções está se mobilizando para contornar a crise provocada pela pandemia de covid-19. O setor foi fortemente impactado pela redução da atividade econômica, mas se organizou para dar a volta por cima.

A Câmara do Vestuário da Findes desenvolveu um modelo de negócios inovador e sustentável, para a produção de grandes volumes de equipamentos de proteção individual, com garantia de qualidade e preços competitivos. Veja abaixo a lista de equipamentos a serem produzidos.

“O projeto tem por objetivo unir as empresas do segmento para uma atuação conjunta na produção e comercialização de EPIs, principalmente máscaras e aventais. É o projeto SAFE”, explicou o empresário e conselheiro da Câmara do Vestuário, Paulo Roberto Almeida Vieira.

O modelo baseia-se nos conceitos do cooperativismo e da sustentabilidade, explica Paulo Vieira. Ao se unirem em torno de um mesmo objetivo comercial, essas empresas, que individualmente enfrentam uma grave crise, poderão atuar com mais força no mercado e minimizarem os efeitos causados pela paralisação dos seus serviços.

O projeto já envolve mais de 40 indústrias capixabas do setor de vestuário e vai atender inicialmente as demandas do Governo do Estado e de grandes empresas locais. Essas indústrias estão se adaptando para fabricar máscaras, tocas, aventais, jalecos e capotes.

O projeto foi desenvolvido exclusivamente para a Câmara do Vestuário da Findes pela Premium Opinião Pública (POP), empresa que também será responsável pela comercialização dos produtos SAFE.

A CSV – Câmara Setorial do Vestuário da Findes – congrega seis sindicatos empresariais do Espírito Santo. Essas entidades representam mais de 1.000 empresas que, de forma direta e indireta, empregam cerca de 30 mil profissionais, com impacto em mais de 100 mil capixabas.

O cenário da pandemia está exigindo ações emergenciais e soluções de curtíssimo prazo para a sobrevivência das empresas do vestuário do Espírito Santo, afirma Paulo Vieira: “A crise é grave. Além das lojas fechadas no ES, as grandes marcas e redes de lojas nacionais pararam de fazer pedidos e interromperam o trabalho de uma grande cadeia de fornecedores. O cenário da pandemia exige ações emergenciais e soluções de curtíssimo prazo para a sobrevivência das empresas e preservação dos empregos”.

Pesquisa revela o impacto da pandemia para o setor

Uma pesquisa encomendada pela Câmara do Vestuário, realizada pela Premium Opinião Pública, aponta que 94% das empresas tiveram redução nas vendas, sendo que, destas, 20% zeraram as vendas. O impacto tem como principal fator o cancelamento ou adiamento dos pedidos.