Economia

Inflação já reflete atividade econômica fraca, diz Mauá

Inflação já reflete atividade econômica fraca, diz Mauá Inflação já reflete atividade econômica fraca, diz Mauá Inflação já reflete atividade econômica fraca, diz Mauá Inflação já reflete atividade econômica fraca, diz Mauá

São Paulo – A desaceleração do grupo Serviços em maio, que foi um pouco mais da metade da taxa de abril, no âmbito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), indica que a atividade enfraquecida começa a se refletir na inflação. A avaliação foi feita nesta quarta-feira, 21, ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, pelo economista-chefe da Mauá Sekular Investimentos, Alessandro del Drago. “Uma hora tinha de começar a bater. Vimos a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, avaliou, ao referir-se ao levantamento do IBGE, divulgado na terça-feira, 20, segundo o qual a receita nominal de Serviços avançou 6,8% em março em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo o pior resultado desde agosto de 2013. Conforme a instituição, a inflação de serviços passou de 0,54% em abril para 0,24% em maio.

Na avaliação do economista, as aberturas de núcleos do IPCA-15 de maio, que atingiu 0,58% ante 0,78% em abril, sinalizam que a inflação começa a dar sinais de alívio. “Tivemos os núcleos recuando um pouco na margem. O índice de difusão também diminuiu”, ressaltou. Segundo ele, a média dos núcleos no IPCA-15 de maio ficou menos pressionada, em torno de 0,50%, após 0,56% anteriormente. Já o indicador de difusão foi de 67,4%, depois de 72,9%. A expectativa da Mauá Sekular era de IPCA-15 com alta de 0,60%. O dado divulgado pelo IBGE veio dentro das expectativas do AE Projeções (de 0,45% a 0,62%, com mediana de 0,55%).

De acordo com del Drago, a alta menos intensa do IPCA-15 deste mês reforça a percepção de um IPCA fechado mais baixo no encerramento de maio, na faixa de 0,55%. Ainda assim, se a taxa for confirmada, será maior do que a de 0,37% apurada em maio de 2013.

Conforme o economista, a descompressão recente dos preços no atacado tende a refletir mais no IPCA nas próximas leituras, mas a taxa acumulada em 12 meses deve permanecer elevada, dada a base de comparação do ano passado ser mais baixa. No acumulado em 12 meses até maio, o IPCA-15 ficou em 6,31% (de 6,19%). “A inflação mensal, sim, deve diminuir, mas a do ano, não. Tanto que mantemos nossa projeção de 6,30% (para o dado fechado de 2014)”, afirmou, completando que o resultado do IPCA-15 de maio corrobora a ideia de manutenção da taxa básica de juros em 11,00% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na semana que vem.