Economia

Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar 'alquimia fiscal'

Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar ‘alquimia fiscal’ Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar ‘alquimia fiscal’ Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar ‘alquimia fiscal’ Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar ‘alquimia fiscal’

Brasília – Um dia após a equipe econômica anunciar que pretende mudar, no Congresso, a meta fiscal, os tucanos afirmaram que o governo Dilma Rousseff ressuscitou a “alquimia fiscal” que vigorou nos últimos anos – uma referência indireta à gestão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Em artigo do Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do partido, a legenda dize que durou pouco a “fantasia” de que a petista passaria a ser mais cuidadosa na gestão do dinheiro público.

“Não foram necessários nem sete meses para que as metas fiscais deste e dos próximos anos fossem abandonadas pelo caminho. A sensação deixada pelas mudanças anunciadas ontem é de um governo que não tem a mais pálida ideia do que está fazendo, de um governo que não honra compromissos”, criticou o ITV.

Segundo o texto, a gestão de Dilma quer aval também para fechar as contas no vermelho caso as novas medidas para aumento de arrecadação não surtam efeito. Numa ironia, o PSDB afirmou que, ainda assim, a presidente quer que “as contas de quem cuida de orçamento público com tal zelo sejam aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União)”.

O PSDB citou ainda o fato de que, com a mudança proposta, o governo poderá fazer um déficit de R$ 17,7 bilhões em vez de um superávit de R$ 8,7 bilhões. “Na realidade, hoje a meta de verdade é o rombo. Se qualquer dona de casa fizer conta assim, não põe comida na mesa dos filhos”, criticou.

Para os tucanos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais uma derrota na luta interna. Segundo o partido, a anterior ocorreu em maio, quando os cortes orçamentários vieram abaixo do que ele pretendia. O artigo disse que o “sopro de renovação” que Levy poderia representar se dissipou e o que prepondera na equipe econômica é a “nova matriz” que, destacou, “afundou o Brasil no atoleiro” da recessão, da inflação alta e da ineficiência.

“As decisões anunciadas ontem permitem prever que o arrocho não passará tão cedo e a recessão será ainda mais prolongada. A penúria não será de curto prazo e a recuperação da economia é apenas miragem distante no horizonte dos brasileiros. É como se o segundo governo da presidente se apagasse um pouco mais, e bem antes da hora”, concluiu.