Economia

Intenção de investimento industrial sobe 2,6 pontos no 4º trimestre, aponta FGV

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Rio – O Indicador de Investimento da Indústria, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), subiu 2,6 pontos no quarto trimestre deste ano, em relação ao trimestre imediatamente anterior. Com o resultado, o índice atingiu 93,0 pontos, o maior valor desde o primeiro trimestre de 2015 (100,8 pontos).

“A segunda alta consecutiva do Indicador de Intenção de Investimentos no setor industrial é um aspecto positivo do resultado da pesquisa, mas que deve ser relativizado. Não só porque ainda predominam as respostas sobre a intenção de reduzir o investimento no próximo ano, mas também, por conta de um ajuste, para baixo, nas expectativas sobre o ambiente de negócios que vem sendo observado nos últimos meses no meio empresarial. Até aqui, esse movimento de melhora relativa do indicador abre apenas a possibilidade de uma redução no ritmo de queda dos investimentos produtivos nos próximos meses. O contexto geral, econômico e político, é ainda marcado pela elevada incerteza, o que afeta sobretudo as decisões de investimento”, afirma Silvio Sales, consultor da Ibre/FGV.

Segundo a sondagem, 17,8% das empresas pesquisadas informaram que, nos próximos 12 meses, planejam ampliar seus programas de investimento. No quarto trimestre do ano passado, eram 15,7% e, no terceiro trimestre deste ano, 14,8%.

Já a parcela das indústrias que pretende reduzir os investimentos nos próximos 12 meses passou a 24,8% no quarto trimestre deste ano, em comparação a 30,8% em igual período do ano passado e 24,4% no terceiro trimestre.

A FGV informa ainda que pelo terceiro trimestre consecutivo há mais empresas incertas sobre a realização dos seus programas investimento nos próximos 12 meses, 28,5%, do que certas, 23,1%. Com isso, o saldo do indicador de “grau de certeza dos planos de investimento” é de -5,4 pontos. Esse foi o menor porcentual de empresas certas sobre a execução dos investimentos, enquanto a proporção de empresas incertas caiu pelo segundo trimestre consecutivo.

“O predomínio de empresas incertas decorre, provavelmente, da elevada imprevisibilidade tanto no cenário econômico, quanto no político, o que afeta as projeções de rentabilidade dos investimentos produtivos”, informou a FGV.

A Sondagem de Investimentos é um levantamento estatístico trimestral que fornece sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial. A coleta de dados para a sondagem divulgada hoje ocorreu entre 3 de outubro e 30 de novembro. Foram ouvidas 798 empresas.