Economia

Intenção de investimentos cai 3,1 pontos no 3º trimestre, diz FGV

Com o resultado, o indicador desceu ao patamar de 113,0 pontos, o menor nível desde o terceiro trimestre de 2017, quando estava em 105,1 pontos

Intenção de investimentos cai 3,1 pontos no 3º trimestre, diz FGV Intenção de investimentos cai 3,1 pontos no 3º trimestre, diz FGV Intenção de investimentos cai 3,1 pontos no 3º trimestre, diz FGV Intenção de investimentos cai 3,1 pontos no 3º trimestre, diz FGV

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria recuou 3,1 pontos no terceiro trimestre de 2018 em relação ao segundo trimestre do ano, informou nesta terça-feira, 18, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador desceu ao patamar de 113,0 pontos, o menor nível desde o terceiro trimestre de 2017, quando estava em 105,1 pontos.

O Indicador de Intenção de Investimentos mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais. O objetivo é antecipar tendências econômicas.

“A redução do ímpeto de investimentos industriais no terceiro trimestre é mais um sinal de perda de fôlego da economia em 2018. Na margem, a evolução deve ser relativizada, porque o efeito da greve dos caminhoneiros não havia sido captada na pesquisa anterior. Mas a contínua elevação das incertezas e o baixo crescimento da economia continuarão contendo uma retomada mais firme dos investimentos até o final deste ano”, afirmou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Apesar da segunda queda consecutiva, o Indicador de Intenção de Investimentos se mantém acima dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas prevendo aumentar o volume de investimentos produtivos nos 12 meses seguintes é superior à fatia de informantes que esperam reduzir os investimentos.

Segundo a FGV, o indicador permanece pelo sétimo trimestre consecutivo acima ou igual a 100 pontos.

Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, houve redução na proporção de empresas que preveem investir mais, de 28,9% para 28,3%, e aumento no número de informantes que preveem investir menos, de 12,8% para 15,3%.

Quanto ao grau de certeza quanto à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes, a proporção de empresas certas quanto à realização do plano foi de 27,5%, ficando abaixo da parcela de 31,9% de empresas incertas.

“O resultado geral da pesquisa reforça o cenário de instabilidade que vinha se desenhando nos trimestres anteriores. Houve redução na intenção de realização de investimentos e aumento da incerteza”, completou a FGV, na nota.

A coleta de dados para a sondagem divulgada nesta terça ocorreu entre 2 de julho e 31 de agosto, com informações de 656 empresas.