Economia

Ipea diz que todas faixas de renda sentiram aumento da inflação em abril

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A inflação teve impacto em todas as faixas de renda em abril, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que nesta quinta-feira, 23, revisou para cima a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,85% para 4,08%, puxada por alimentos e combustíveis.

Enquanto para as famílias com renda mais alta foram afetadas pela alta de 2,7% da gasolina, os alimentos e os cuidados com a saúde puxaram para cima os gastos da famílias com renda mais baixa, informou o instituto.

“Com a incorporação deste resultado de abril, no acumulado do ano, a forte alta dos alimentos vem gerando uma aceleração mais intensa do custo de vida para as camadas mais pobres”, explicou o Ipea em nota nesta quinta-feira.

As famílias com renda mais alta registraram inflação de 0,56% no mês passado, contra alta de 0,21% contra mesmo mês de 2018, acumulando variação positiva de 4,65% nos últimos 12 meses, acima do centro da meta oficial do governo, de 4,25%.

Já as famílias de renda mais baixa foram afetadas principalmente pelos aumentos na área de saúde, refletindo o aumento médio de 2,3% dos medicamentos, e dos alimentos, que subiram 0,17% puxados pelos tubérculos (+11,2%) e das aves e ovos (+2,3%). Também influenciaram a taxa de abril o aumento do preço dos ônibus urbanos, em alta de 0,74%. Em abril, essa faixa de renda teve inflação de 0,57%, ante 0,21% em abril de 2018, e nos últimos 12 meses registra alta de 5,33%.

O Ipea observou, no entanto, que todas as faixas de renda sentiram o aumento de preços em relação a abril de 2018, à exceção dos grupos de artigos de residência e vestuário. Os que mais subiram preços em abril foram alimentação, transporte e saúde, em alta de 0,63%, 0,94% e 1,51%, respectivamente.

“Nota-se ainda que a elevação dos preços dos alimentos e dos medicamentos também impactou a inflação das faixas mais ricas, porém em intensidade mais moderada, tendo em vista o menor peso destes itens na cesta de consumo desta parte da população”, explicou o Ipea em nota.