Economia

'Joia' da Votorantim, CBA estreia na Bolsa

‘Joia’ da Votorantim, CBA estreia na Bolsa ‘Joia’ da Votorantim, CBA estreia na Bolsa ‘Joia’ da Votorantim, CBA estreia na Bolsa ‘Joia’ da Votorantim, CBA estreia na Bolsa

Uma das principais empresas do conglomerado da família Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, a octogenária Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) conseguiu demanda para concluir sua oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês), que movimentou R$ 1,61 bilhão. A empresa vai estrear na próxima quinta-feira, dia 15, na Bolsa brasileira valendo R$ 6,7 bilhões. A CBA era citada no mercado como a “joia da coroa” do grupo.

Na oferta, o grupo Votorantim realizou a venda de uma fatia de sua participação, operação pela qual embolsou R$ 910 milhões, conforme fontes. A CBA será a segunda empresa do grupo a ter capital aberto. A primeira foi a Nexa, que atua no segmento de mineração. Ainda tem na mesa a venda de sua participação no banco BV, depois de tentar, em mais de uma ocasião, realizar uma oferta de ações na Bolsa.

A ação da CBA foi precificada em R$ 11,20, abaixo do chamado piso da faixa indicativa para o IPO, de R$ 14 a R$ 18 – ou seja, houve um desconto de 20%, apurou o Estadão. Como houve um desconto em relação ao preço inicialmente proposto, a decisão do grupo foi de não vender o lote adicional da oferta.

Os recursos da oferta que irão para o caixa da empresa vão financiar projetos de expansão e aquisições, conforme informações do prospecto do IPO. Estruturaram a oferta o Bank of America, BTG Pactual, Bradesco BBI, Citi, XP e UBS BB.

Perfil

A companhia possui atualmente três unidades de exploração de bauxita, localizadas em Barro Alto (GO), Zona da Mata (MG) e Poços de Caldas (MG), com potencial para garantir a autossuficiência no suprimento do minério para a produção do alumínio por um período acima de 20 anos. No ano passado, a CBA produziu 1,7 milhão de toneladas de bauxita processada e 307 mil toneladas de alumínio fundido. O faturamento anual da empresa é de R$ 5,4 bilhões.

A casa de análise Suno disse, em relatório, que um dos riscos relacionados à CBA tem relação com a “dependência do preço da commodity e de um cenário macroeconômico favorável”, além da dívida em dólar. Por isso, tinha indicado a clientes para não entrarem na oferta se o preço inicial fosse mantido.

No geral, contudo, apontou a empresa como bem posicionada. “É evidente que a Companhia Brasileira de Alumínio está situada em ótimo mercado e bem posicionada em relação a seus concorrentes”, destaca, em documento enviado a clientes. Dentre os pontos positivos, a Suno citou o uso de energia limpa no processo produtivo.

A semana está movimentada para as ofertas de ações na B3. Além da CBA, na segunda-feira a rede de academias Smart Fit já havia concluído operação que movimentou R$ 2,3 bilhões. Hoje, será a vez da InterCement, segunda maior empresa de cimentos do País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.