Economia

Kátia Abreu critica proposta para Benefício de Prestação Continuada

Kátia Abreu critica proposta para Benefício de Prestação Continuada Kátia Abreu critica proposta para Benefício de Prestação Continuada Kátia Abreu critica proposta para Benefício de Prestação Continuada Kátia Abreu critica proposta para Benefício de Prestação Continuada

Em uma sessão marcada por longos blocos de perguntas repetitivas dos senadores e apenas pequenos tempos de resposta para o economista Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central, o debate entre os parlamentares transbordou para a reforma da Previdência.

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) aproveitou a sabatina de Campos Neto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para dizer ser favorável à reforma da Previdência, mas criticou pontos da proposta do governo. Ela rebateu acusações de outros senadores que a aposentadoria rural seria fraudulenta.

“Atacar setores não ganha voto (para a aprovação da reforma), ganha antipatia. Aposentadoria rural não é fraude”, afirmou. “Fraudes existem também nessa Casa, há fraudes de médicos, juízes. Em todas as áreas tem corrupção. Não aceito falar que a aposentadoria rural é fraude. Fraude é questão de Polícia Federal e de um Estado que não consegue fiscalizar os seus programas”, completou.

A senadora criticou ainda o fato da proposta atual propor apenas R$ 400 como Benefício de Prestação Continuada (BPC) entre os 60 e 70 anos de idade para as pessoas em situação de miserabilidade.

“Não sou de uma direita que tem vergonha de falar de pobres e da área social. Não vamos votar contra os idosos do País. Com R$ 400 os idosos serão devolvidos para os asilos. O BPC traz o idoso pra dentro de casa sem que ele seja um peso para a família. É nojento e inadmissível falar em (um benefício de) R$ 400.

Para Kátia Abreu, aprovar apenas a reforma da Previdência não é a solução para todos os males do País. Ela questionou se o governo não irá abordar outras questões, como a tributação de lucros e dividendos. “A reforma é super importante, mas não é a última Coca Cola do deserto. O governo tem que sinalizar que vai mexer com os privilégios dos grandes, e não mexer com mulheres, produtores rurais, professores e policiais”, completou.