Economia

Latam pode demitir mais 1,2 mil aeronautas

A empresa tenta negociar com funcionários uma redução permanente na remuneração deles, mas, se não chegar a um acordo, deverá optar pelas demissões

Latam pode demitir mais 1,2 mil aeronautas Latam pode demitir mais 1,2 mil aeronautas Latam pode demitir mais 1,2 mil aeronautas Latam pode demitir mais 1,2 mil aeronautas
Foto: Reprodução / Youtube

Após demitir 2,7 mil pilotos e comissários de bordo no início de agosto, a Latam pode dispensar outros 1,2 mil tripulantes, informou a companhia em petição apresentada na última segunda-feira, 21, ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa tenta negociar com funcionários uma redução permanente na remuneração deles, mas, se não chegar a um acordo, deverá optar pelas demissões.

Conversas para alterar o modelo de remuneração dos profissionais já haviam ocorrido entre a Latam e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) em julho. Sem acordo, a empresa desligou os 2,7 mil funcionários. Como o segmento de voos internacionais continua praticamente paralisado por causa da pandemia, as negociações foram retomadas em uma tentativa de evitar a demissão de outros 1,2 mil aeronautas.

Enquanto a Gol e a Azul fecharam com o SNA uma proposta de redução temporária de salários até o fim de 2021, a Latam propõe uma mudança permanente. Mais antiga no mercado, a companhia é hoje a que paga salários mais altos e diz precisar se adequar aos padrões atuais de remuneração. Em julho, porém, o sindicato levou a proposta da Latam aos trabalhadores, mas a rejeição foi de quase 90%.

Caso ocorra uma nova rodada de demissões, deverão ser desligados 400 pilotos e 800 comissários. Antes da crise da covid-19, eram 7 mil tripulantes – hoje, são 4,2 mil.

Em recuperação judicial (chapter 11) nos Estados Unidos desde maio, a Latam conseguiu a liberação de um empréstimo de US$ 2,4 bilhões na semana passada.

Em nota, a companhia afirmou que, caso “não consiga chegar a uma negociação com o Sindicato dos Aeronautas, lamentavelmente terá que reduzir seu quadro excedente de tripulantes”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.