Economia

Presidente de Banco diz que não executar garantias da Odebrecht pode ser uma alternativa

De todo o modo, Lazari pontuou que também o Judiciário tem de cumprir seu papel para manter a empresa viva e ao mesmo tempo entender que os credores têm de ser preservados

Presidente de Banco diz que não executar garantias da Odebrecht pode ser uma alternativa Presidente de Banco diz que não executar garantias da Odebrecht pode ser uma alternativa Presidente de Banco diz que não executar garantias da Odebrecht pode ser uma alternativa Presidente de Banco diz que não executar garantias da Odebrecht pode ser uma alternativa
Foto: Divulgação

O presidente do Bradesco, uma das instituições credoras da Odebrecht, defendeu o caminho da negociação dos bancos com a empresa para a preservação do grupo, em recuperação judicial, e indicou que a instituição não pretende executar as garantias.

“Acreditamos no caminho de negociação com Odebrecht e é isso que vamos buscar, uma estratégia de preservar a empresa, o negócio e os empregos. Esse é nosso principal objetivo”, afirmou o presidente da instituição em conversa com o Broadcast/Estadão, no evento Finanças Mais, organizado pelo grupo Estado.

Nesse sentido, Lazari disse que não executar garantias pode ser uma alternativa, mas que depende de todos os bancos sentarem à mesa para uma solução, que ele acredita passar por alongamento de prazos e da carência para que o grupo honre seus compromissos financeiros.

Nesta semana, outros bancos credores, como o Itaú Unibanco e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entraram com agravo à decisão do juiz da recuperação judicial da Odebrecht de bloquear a execução de garantias dos credores que estão fora do processo, e pela lei teriam esse direito, além de impor multa de 20% do valor da causa para os que o fizessem.

“A garantia tem de ser preservada para os bancos, mas a empresa tem de continuar existindo para poder honrar seus compromissos financeiros, sem que tenhamos a necessidade de executar as garantias”, observou.

De todo o modo, Lazari pontuou que também o Judiciário tem de cumprir seu papel para manter a empresa viva e ao mesmo tempo entender que os credores têm de ser preservados. “Se todos quiserem resolver seu problema individualmente, não vamos ter uma solução satisfatória para o grupo”, pontuou.

O presidente do Bradesco afirmou ainda que o banco vai defender o credor e o banco para que cheguem a um entendimento que seja bom para todo mundo. “Não só pelo aspecto óbvio de o banco recuperar seus ativos, mas também para preservar a empresa. Se continuar operando no mercado será mais fácil para os credores recuperarem os seus créditos e os empregos serão mantidos”, disse.