Economia

Líder do governo na Câmara diz que não desistiu que votar reforma em fevereiro

Líder do governo na Câmara diz que não desistiu que votar reforma em fevereiro Líder do governo na Câmara diz que não desistiu que votar reforma em fevereiro Líder do governo na Câmara diz que não desistiu que votar reforma em fevereiro Líder do governo na Câmara diz que não desistiu que votar reforma em fevereiro

Brasília – O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), negou que o Executivo tenha desistido de colocar em votação a reforma da Previdência neste mês, mesmo sem votos suficientes para aprová-la hoje. “Vamos fazer um esforço. Esse tema temos de concluir em fevereiro”, afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O deputado disse que entre esta terça e a quarta-feira, 7, os líderes governistas estarão trocando informações sobre o “termômetro” de suas bancadas. Mesmo na semana que antecede o carnaval, Ribeiro conta com a chegada da maioria dos deputados em Brasília nesta terça para avaliar quantos votos o governo teria a favor da proposta. Até o momento, menos de 90 deputados marcaram presença na Casa.

Em um último apelo em prol da aprovação da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer enviou na segunda-feira uma mensagem na abertura do ano legislativo instando o Congresso Nacional a aprovar as mudanças no sistema previdenciário. No momento em que o governo corre para conseguir os 308 votos necessários para aprovar a mudança constitucional na Câmara, Temer disse que a tarefa é “urgente” e que os deputados precisam se posicionar.

“O texto que apresentamos ao Congresso foi amplamente discutido ao longo do ano que passou. Também aqui, o diálogo tem sido nosso método. Fizemos ajustes para atender a preocupações legítimas, para criar regras de transição mais suaves. Chegou a hora de tomar uma decisão”, disse Temer, que foi representado na sessão solene pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O apelo foi feito a um plenário esvaziado. Dos 513 deputados, apenas 75 marcaram presença na Casa na tarde de segunda. Para a oposição, o baixo quórum mostra que o esforço do Palácio do Planalto para aprovar a reforma não tem surtido efeito. Governistas minimizaram a situação, alegando que a maioria dos parlamentares costuma chegar a Brasília a partir de terça-feira e que, com a proximidade do carnaval, muitos estavam viajando.

Ribeiro afirmou que ainda que o texto não vá a votação neste mês, o tema certamente será o foco dos debates eleitorais. “Posso não votar agora, mas (a reforma da Previdência) estará na pauta”, declarou.

Além do projeto que trata da privatização da Eletrobras, o líder do governo disse que fará um levantamento dos projetos prioritários que podem entrar na pauta da Câmara no período entre o pós-carnaval e início das convenções partidárias, no meio do ano.

Ribeiro ponderou que em março ocorrerá a chamada “janela partidária”, período permitido por lei em que muitos parlamentares aproveitam para trocar de partido, e prevê que a movimentação política também atrapalhará a programação de votações.

Auxílio-moradia

O líder do governo também criticou o desvirtuamento do uso do auxílio-moradia para magistrados. O parlamentar saiu em defesa de deputados e senadores e disse que congressistas recebem a ajuda financeira por morarem fora do Distrito Federal e quando não conseguem um apartamento funcional.

Sem mencionar o nome do juiz federal Sérgio Moro, Ribeiro disse que não é correto usar auxílio-moradia como justificativa para a falta de reajuste salarial. “Pode ter até direito (ao benefício), mas não é correto”, afirmou. “O que vale para os outros, vale para mim. É o princípio cidadão”, emendou.