Economia

Lira fala em 'tempo exíguo' para discutir PEC de Transição

Lira fala em ‘tempo exíguo’ para discutir PEC de Transição Lira fala em ‘tempo exíguo’ para discutir PEC de Transição Lira fala em ‘tempo exíguo’ para discutir PEC de Transição Lira fala em ‘tempo exíguo’ para discutir PEC de Transição

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se esquivou, nesta segunda-feira, 21, de perguntas referentes a PEC de Transição e sobre como foram seus diálogos, até o momento, com o presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o líder, ainda não há um texto no Legislativo sobre a PEC, e que ele não “ousaria” transcorrer sobre o mérito da matéria até que haja uma discussão entre Câmara e Senado.

“A PEC está posta no anteprojeto e deverá começar a tramitar no Senado, não tem ainda projeto, texto, autor, assinaturas” destacou o parlamentar, afirmando que o que existe é “um tempo exíguo para discutir um texto desse”.

Lira discursou no evento Encontro de Valor, promovido pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad).

Ele destacou que o texto da PEC será confeccionado esta semana e haverá uma reunião conjunta entre Câmara e Senado para discutir a proposta.

Sem fazer menção ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e a Lula, ele destacou que todos têm legitimidade das urnas. “Urna que elegeu parlamentar, elegeu presidente, elegeu governadores”, disse.

Protagonismo

Ao longo da sua fala, Lira defendeu o protagonismo adquirido pelo Congresso ao longo dos últimos anos, inclusive sobre o orçamento público. Ele defendeu as chamadas emendas de relator, conhecidas como Orçamento Secreto, que ele definiu como “municipalista, ampla e democrática”.

Segundo o líder, o poder de deputados de alocar verbas é mais democrático “do que concentração de poder na mão do ministro, que não teve voto e não fez concurso para estar naquele cargo”.

O presidente da Câmara exaltou a reforma política com menor redução de partidos capacitados para atuar no Congresso.

Ele destacou que o voto no País ainda é personalista, mas, com o tempo, a posição de esquerda, centro e direita de cada parlamentar ficará mais clara. O líder também defendeu que o Brasil deve avançar em temas como o semipresidencialismo e a regulamentação do lobby no País.