Economia

Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais por 'unidade' com Congresso

Lula apontou que, após seu veto, houve uma tentativa de fazer acordo com o Congresso

Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais por ‘unidade’ com Congresso Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais por ‘unidade’ com Congresso Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais por ‘unidade’ com Congresso Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais por ‘unidade’ com Congresso
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou que pretende sancionar a taxação de 20% do imposto sobre as compras internacionais de até US$ 50. O chefe do Executivo, contudo, disse achar equivocada a taxação, mas afirmou estar sancionando a medida para garantir a “unidade” entre governo e Congresso Nacional.

Em entrevista concedida à Rádio CBN nesta terça-feira, 18, Lula disse achar que “essa é uma briga muito esquisita”. “Por que taxar US$ 50? Por que taxar o pobre e não taxar o cara que vai ao free shop e gasta mil dólares?”, questionou. “É uma questão de consideração com o povo mais humilde”, citando que essa foi sua divergência em relação à proposta.

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Lula apontou que, após seu veto, houve uma tentativa de fazer acordo com o Congresso. “Assumi o compromisso com Haddad de que aceitaria colocar PIS/Cofins para a gente cobrar, que daria 20%”, disse. “Isso está garantido”, destacou.

Apesar de sinalizar a sanção do projeto, Lula não deixou de mostrar que ainda tem divergências. “Estou fazendo isso pela unidade do Congresso e do governo, das pessoas que queriam. Mas eu, pessoalmente, acho equivocado a gente taxar as pessoas humildes que gastam US$ 50”, comentou.

Lula rebateu as críticas em relação aos empresários sobre o tema e disse que, muitas vezes, eles não discutem com o governo, mas vão debater já com os congressistas.

O presidente da República ainda afirmou ter ficado irritado em como o tema foi parar em votação. “Essa emenda entrou no programa Mover, que não tinha nada a ver com isso. Foi um jabuti colocado no Congresso Nacional, aí tem que transformar esse jabuti em realidade”, reclamou. “É preciso que se leve mais a sério queixa de alguns setores empresariais”, acrescentou.