Economia

Maia afirma que proposta de secretários de Fazenda traz 'soluções relevantes'

Maia afirma que proposta de secretários de Fazenda traz ‘soluções relevantes’ Maia afirma que proposta de secretários de Fazenda traz ‘soluções relevantes’ Maia afirma que proposta de secretários de Fazenda traz ‘soluções relevantes’ Maia afirma que proposta de secretários de Fazenda traz ‘soluções relevantes’

Após receber a proposta de reforma tributária elaborada pelos secretários de Fazenda dos Estados, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira, 11, que o texto traz “soluções relevantes, importantes e decisivas” para que se possa ter uma convergência e aprovação da reforma. Maia ressaltou também que a união dos Estados em torno de um texto aumenta a probabilidade de um novo sistema tributário passar no Congresso.

O texto dos Estados será apresentado em forma de emenda à proposta que tramita atualmente na Câmara, de autoria do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).

“Base é a mesma da PEC 45 (Baleia Rossi), mas eles trazem soluções relevantes, importantes, decisivas, para que a gente possa ter uma convergência no texto para sua aprovação. Relator certamente vai aproveitar grande parte da emenda, base da proposta é muito parecida”, disse Maia.

Do que foi apresentado pelos secretários de Fazenda, o presidente da Câmara ressaltou o fundo de compensação e de desenvolvimento regional e a questão da transição. “Estou conversando com Paulo Guedes, a gente constrói com o presidente Davi (Alcolumbre) uma solução utilizando os recursos do fundo social que o governo federal já cedeu aos Estados e municípios”, disse Maia.

Sobre o período de transição, o presidente da Câmara destacou que é um tempo menor que o previsto na proposta que tramita atualmente na Casa – que, na visão de Maia, estava “muito longa”. “Agora, com dez anos, se dá efetividade maior para a simplificação tributária no Brasil”, afirmou.

Na proposta dos Estados, serão dez anos em que o sistema conviverá com seis impostos – os que serão unificados (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) e o novo, IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Depois disso, serão ainda mais dez anos que garantem que nenhum Estado tenha perda real na receita da arrecadação. Na proposta de Baleia Rossi, a mudança ocorreria em uma transição de 10 anos até a unificação e em 50 anos até a compensação de eventuais perdas de arrecadação de Estados e municípios.

Maia também voltou a falar das dificuldades que aparecerão se o governo apresentar proposta com a sugestão de criação de uma ‘nova CPMF’. “Eu não acho, pela indicação dos deputados, que superar a rejeição a CPMF seja uma coisa simples, no Brasil de hoje. De fato, reações foram muito contundentes da dificuldade da CPMF”, disse.

O presidente da Câmara disse também achar que nos próximos dias o governo deve enviar sua proposta ao Congresso, assim como apresentar, através de algum senador, a atualização do Pacto Federativo.