
O Espírito Santo tem mais de 1 milhão de pessoas com o nome sujo, segundo a Serasa. O número representa quase metade da população adulta economicamente ativa do Estado.
O principal motivo de inadimplência entre os capixabas são as contas básicas, como luz, água, telefone e internet. Esse perfil é diferente da média nacional, onde a maioria das dívidas está ligada a bancos e instituições financeiras.
Uma capixaba que enfrentou esse problema chegou a acumular R$ 15 mil em dívidas e precisou de ajuda médica. Em entrevista, ela que pediu para não ser identificada, deu detalhes de como foi o processo de tratamento.
Você não dorme bem, você tem que procurar um psiquiatra. Eu tomei remédio antidepressivo, fiquei toda inchada. É um processo, contou ela.
Educação financeira ainda é desafio
Especialistas apontam que a educação financeira ainda é um desafio no Brasil e que muitos problemas de inadimplência estão ligados à falta de orientação sobre como lidar com o próprio dinheiro.
No momento em que a renda aperta ou acontece algo fora do previsto, como uma doença ou demissão, as pessoas não têm reserva, não têm controle, e isso vira um efeito dominó. A pessoa vai tentando resolver o problema com mais dívidas e se afunda cada vez mais, explica Amanda Castro, gerente da Serasa.
Ele recomenda que, antes de qualquer compra, a pessoa reflita sobre sua real necessidade e sua capacidade de pagamento. E, para quem está no vermelho, o primeiro passo é mapear todas as dívidas, buscar renegociação e estabelecer prioridades.
Feirão da Serasa para renegociar dívidas
Para quem está nessa situação, a Serasa prorrogou o mutirão de renegociação de dívidas até o dia 11 de julho. O feirão oferece descontos que podem chegar a 90% e parcelamento facilitado.
Segundo o último balanço, mais de 11 mil acordos já foram fechados no Espírito Santo durante o mutirão.
As negociações podem ser feitas de duas formas:
- Online, pelo site ou aplicativo da Serasa, disponíveis 24 horas;
- Presencial, em qualquer agência dos Correios, para quem prefere atendimento físico ou não tem acesso à internet.
*Com informações da TV Vitória/Record.