Economia

Melhor forma de BC lidar com crescimento é atacar inflação, diz Campos Neto

Presidente do Banco Central alertou que eventos climáticos podem afetar ainda mais as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022

Melhor forma de BC lidar com crescimento é atacar inflação, diz Campos Neto Melhor forma de BC lidar com crescimento é atacar inflação, diz Campos Neto Melhor forma de BC lidar com crescimento é atacar inflação, diz Campos Neto Melhor forma de BC lidar com crescimento é atacar inflação, diz Campos Neto
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira (19), que a performance da agropecuária é muito importante para o desempenho da economia e alertou que eventos climáticos podem afetar ainda mais as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

“A melhor forma que o BC pode contribuir para o crescimento da economia é atacando a inflação. Temos uma memória muito forte de inflação e indexação no Brasil, por isso temos que atacar de maneira eficaz esse problema”, afirmou Campos Neto, em participação na Conferência Anual Latino-Americana do Santander.

PEC dos Precatórios

O presidente do Banco Central admitiu que a aprovação da PEC dos Precatórios com um espaço fiscal de mais R$ 100 bilhões a mais para o governo 2022 fez parte levou à parte da interpretação do mercado de que o teto de gastos havia sido desrespeitado. Ele voltou a argumentar, porém, que os resultados fiscais brasileiros no ano passado foram melhores do que os anteriormente projetados.

Reconheceu também que parte do aumento da arrecadação no ano passado se deveu à alta de inflação, mas apontou mudanças estruturais no consumo e no recolhimento de impostos que devem permanecer.

Campos Neto alegou ainda que, apesar da aprovação de reformas nos últimos anos, as projeções de crescimento da economia brasileira para os anos à frente na verdade caíram.

“Quase todos os fatores que as pessoas culpavam pelo baixo crescimento no passado foram endereçados. Precisamos debater que tipo de reformas precisam ser feitas para aumentar a crença no crescimento brasileiro”, afirmou o presidente do BC.