Material de construção e hortifruti
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A nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2025–2027, assinada pela Fecomércio-ES e pelo Sindicomerciários-ES, determinou que não serão apenas os supermercados que fecharão as portas aos domingos no Espírito Santo.

A regra, que passa a valer a partir de 1º de março de 2026, também inclui mercearias, hortifrutis e lojas de materiais de construção, ampliando o impacto da mudança no comércio capixaba.

A medida vale até 31 de outubro de 2026, período considerado como fase de teste. Depois disso, sindicatos patronais e de trabalhadores voltam à mesa de negociação para decidir se a regra será mantida, ampliada ou revista.

É a primeira vez que uma convenção unificada estabelece normas para todo o comércio de bens, serviços e turismo no Estado.

Repercussão

A ampliação do fechamento para outros segmentos, além dos supermercados, provocou debate entre consumidores.

Comentários a favor destacam o descanso dos trabalhadores e a possibilidade de planejamento:

Temos seis dias para fazer compras. Os trabalhadores merecem esse descanso.”

Excelente! É só se programar. Profissionais agradecem!

Domingo é dia de ficar com a família.”

Já entre as críticas, parte dos consumidores considerou a medida um retrocesso ou exagerada:

Retrocesso”.

Que atraso de vida”.

Então farmácia, padaria e posto também deveriam fechar?, ironizou um internauta.

Mesmo entre quem será diretamente afetado, houve quem defendesse a decisão:

Vou ser prejudicado por só poder ir ao mercado no domingo, mas mesmo assim aprovo. Descanso é necessidade básica.”

Reajuste salarial e auxílio-alimentação

De acordo com a Convenção Coletiva assinada nesta quinta-feira (13), os supermercados e lojas de materiais de construção fecharão aos domingos entre 1º de março e 31 de outubro de 2026. O período será uma “experiência” e poderá ser revisto em novas negociações previstas para novembro do mesmo ano.

A medida integra a primeira convenção unificada para todo o Estado e também estabelece reajuste salarial de 7%, novo piso de R$ 1.650, auxílio-alimentação, seguro de vida e plano de saúde e odontológico para trabalhadores do comércio.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.