Economia

Ministro mantém expectativa de licitação de portos acontecer ainda neste ano

Ministro mantém expectativa de licitação de portos acontecer ainda neste ano Ministro mantém expectativa de licitação de portos acontecer ainda neste ano Ministro mantém expectativa de licitação de portos acontecer ainda neste ano Ministro mantém expectativa de licitação de portos acontecer ainda neste ano

São Paulo – O ministro da secretaria de Portos, Edinho Araújo (PMDB), disse nesta sexta-feira, 14, que pretende encerrar na semana que vem uma série de encontros com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) para agilizar a licitação da primeira fase do chamado Bloco 1 de terminais portuários. Após participar de um evento na capital paulista, o ministro disse a jornalistas que já falou com seis ministros da Corte e que falta apenas se reunir com o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e com os ministros Raimundo Carreiro e Bruno Dantas. Ele tem trabalhado com as equipes técnicas do TCU para tentar garantir que ao menos a primeira leva de terminais a serem concedidos seja leiloada ainda em 2015.

Edinho disse manter a expectativa de fazer ainda neste ano o primeiro leilão de portos previsto no plano de logística anunciado pela presidente Dilma Rousseff em junho. O ministro trabalha com a possibilidade de ter o aval do TCU até setembro. “A receptividade (dos ministros) tem sido muito interessante. Estou esperançoso de que nós possamos avançar até o mês de setembro para fazer essa licitação neste segundo semestre de 2015, como estava previsto.”

O ministro dos Portos repetiu várias vezes estar otimista e trabalhando com cenários positivos, de que o TCU não demande novos estudos de viabilidade por causa da mudança nos critérios das licitações – o governo decidiu leiloar os terminais pelo critério de taxa de outorga, ou seja, quem pagar mais para obter a concessão, em vez de ceder a quem se comprometer com a maior movimentação de cargas ou menor tarifa. Por isso, os estudos do Bloco 1 que já tinham o aval da Corte voltaram ao TCU. O aval do tribunal é necessário para o governo poder lançar os editais de licitação.

Pressionado pelos jornalistas, Edinho admitiu que, caso não consiga o aval do TCU para o novo formato, a tendência do governo será voltar ao critério de maior movimentação de carga e menor tarifa, para não perder tempo na elaboração de novos estudos – ao menos nessa primeira fase de licitações do Bloco 1. “Em última análise, vai aquilo que já tenho como decidido e acordado.”

Edinho destacou, contudo, que a principal hipótese da secretaria é conseguir o aval do TCU para o modelo de outorga.

Ele também negou que a demora com essa reavaliação do TCU tenha prejudicado o interesse dos investidores privados, nacionais e estrangeiros. Edinho voltou a destacar que a secretaria recebeu ontem 35 propostas de estudo de viabilidade de 11 empresas para seis áreas do Bloco 2 – com licitação prevista no primeiro semestre de 2016 -, o que vê como claro sinal de aquecimento e “inequívoco” interesse do setor privado. O ministro não soube, contudo, informar se dessas 11 empresas alguma é estrangeira.

A primeira fase do Bloco 1 arrendará três áreas em Santos e cinco no Pará. O Bloco 1 ainda terá outros seis terminais em Santos e mais 15 no Pará, que serão licitados em uma segunda fase – provavelmente no ano que vem.

O Bloco 2, que terá 21 terminais, em Suape, Aratu, Rio, São Sebastião, Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, Manaus, Santana e Itaqui, também fica para 2016.

Histórico

Na primeira edição do Programa de Investimentos em Logística (PIL), o governo não conseguiu leiloar nenhuma área em porto público. O processo ficou parado por mais de um ano no TCU. Nessa segunda edição do programa, a previsão é leiloar 50 arrendamentos, com investimentos estimados em R$ 11,9 bilhões.

A autorização do TCU para seguir com os leilões saiu este ano, mas o processo voltou a parar em junho passado, porque o governo decidiu mudar o critério de escolha do vencedor nos leilões já para o Bloco 1. Originalmente, venceria quem se comprometesse com maior movimentação de carga ou menor tarifa. Mas, no PIL 2, a opção foi pela cobrança de uma taxa outorga. Vence quem pagar mais para obter a concessão.