Economia

Monteiro afirma que volatilidade cambial reflete ambiente político tenso

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Rio – O câmbio tende a se estabilizar em um patamar mais competitivo para a indústria brasileira, mas a volatilidade dos últimos dias – que já leva o dólar a ser negociado a R$ 3,10 hoje – reflete uma reação do mercado ao momento político, avalia o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro. Embora diga que a expectativa seja que o País atinja um câmbio “amigável” para o setor exportador, Monteiro sinalizou que este patamar deve ser um pouco menor que o atual. O ministro preferiu não arriscar uma cotação.

Ele destacou a necessidade de diferenciar fatores conjunturais, como o ambiente político tenso no País, de fatores estruturais que estão conduzindo à valorização da moeda americana. Nessa lista estão a recuperação econômica nos Estados Unidos e a perspectiva de alta na taxa de juros, aumentando o fluxo de capital para o mercado norte-americano. “Não vamos confundir esse fator estrutural com um movimento mais conjuntural de oscilação que se dá por força de algumas questões do ambiente político”, afirmou.

O ministro manteve a previsão de que o País encerre o ano com saldo positivo na balança comercial, ajudado pelo câmbio mais favorável, a redução do déficit da conta petróleo e uma safra agrícola de grande volume. Além disso, o dólar valorizado encarece os importados e abre espaço para a substituição de importações por produção nacional.

Em outra frente, o MDIC está convocando a indústria a exportar. Questionado sobre os efeitos para a indústria da eventual não aprovação de medidas de ajuste encaminhadas pelo governo, Monteiro disse que a rigor o Congresso não rejeitou nenhuma medida de ajuste fiscal e que a devolução da MP 669 pelo senador Renan Calheiros se deu por uma justificativa formal, do não atendimento de requisitos de urgência. “Não creio que os congressistas possam deixar de considerar a necessidade do ajuste”, afirmou.