Economia

Moody's mantém perspectiva negativa para sistema bancário do Brasil

Moody’s mantém perspectiva negativa para sistema bancário do Brasil Moody’s mantém perspectiva negativa para sistema bancário do Brasil Moody’s mantém perspectiva negativa para sistema bancário do Brasil Moody’s mantém perspectiva negativa para sistema bancário do Brasil

São Paulo – A Moody’s Investors Service manteve perspectiva negativa para os ratings do sistema bancário brasileiro. “Pensamos que a recessão econômica no Brasil vai continuar no próximo ano, elevando os riscos dos ativos e pressionando a lucratividade dos bancos – por isso a decisão de manter nossa perspectiva negativa”, disse Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody’s.

O relatório, intitulado “Recessão econômica e riscos crescentes dos ativos conduzem perspectiva negativa”, prevê que o Brasil não voltará ao crescimento econômico “por várias razões, entre elas o declínio dos preços globais das commodities que o Brasil exporta, risco político mais elevado, uma investigação sobre corrupção de longo alcance que afetou os setores de petróleo, construção e engenharia e os esforços do governo para reduzir seu déficit”.

Segundo a Moody’s, o desemprego e a produção industrial “se deterioraram significativamente neste ano, apontando para um aumento da taxa de inadimplência, que até agora tem se mantido estável em torno de 3%”.

A agência ressalva que “do lado positivo a capitalização continua ampla, o que deve permitir à maioria dos bancos absorver um aumento das perdas sem um estresse financeiro significativo. O crescimento da concessão de crédito desacelerou na maioria dos bancos, o que reduziu o estresse em seus perfis de financiamento e de liquidez. Além disso, os bancos têm pouca dívida em moeda estrangeira, o que ajudará a isolá-los da volatilidade nos mercados globais. O acesso a depósitos de clientes e a outros instrumentos em moeda local continua forte, embora uns poucos bancos pequenos e médios estejam vulneráveis a riscos de financiamento, por causa da escala limitada de seus negócios e concentração elevada de fontes de financiamento”. Fonte: Dow Jones Newswires