Do plantio até as prateleiras das lojas, as mulheres vêm conquistando espaço e empreendendo no agronegócio do Espírito Santo. Elas são responsáveis por setores desde a produção, colheita até a comercialização do produto.
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Andréia Pereira de Carvalho Duda, por exemplo, é moradora da comunidade de Santa Cruz de Terra Alta, em Linhares, na região Norte do Estado. Nascida e criada no campo, a ela tem percorrido o novo desafio da família: o café especial Duda Coffee.
O café, segundo explica a produtora, foi uma ideia que surgiu com suas participações nos concursos de qualidade do conilon, organizado pela Prefeitura de Linhares.
“Quando vi o resultado do concurso, foi muito emocionante, mas se qualquer outra mulher ganhasse o prêmio, eu ficaria muito feliz, pois precisamos mostrar a nossa força no campo. A minha amostra do concurso foi a mistura de alguns clones, de bebidas que gosto, que acho mais gostosas e para minha surpresa, sai campeã”, disse Andreia.
A produtora participa de todo o processo de produção do café, e apesar do campo ainda ser um serviço em que a presença masculina ainda é predominante, a produtora não se vê indiferente de ninguém.
“A mulher tem conquistado cada vez mais espaço e a nossa natureza, como a habilidade de observar com mais cautela os detalhes, faz a diferença no nosso café especial que produzimos”, declarou
“O café exige cuidado minucioso”
Líder na produção do café especial “Recanto Conilon”, a produtora Renara Bom Pereira Giuriatto, do Sítio Terra Alta, de Córrego Jacatiá, explica que produzir um café especial exige um cuidado minucioso desde a colheita. Segundo a produtora, nesta etapa, os grãos são colhidos de forma selecionada.
“Colhemos o café, é lavado, vai até o terreiro e fazemos uma seleção. Todos os dias, de meia em meia hora, eu mexo o café e três vezes faço a medição da temperatura e umidade. Após 15 dias, levamos para pilar, retornamos para o terreiro para atingir a umidade ideal e, aí sim, ensacamos, seguimos para embalagem e comercializamos o produto”, conta.
Renara, ao contrário da Andreia, não foi nascida e criada no interior. Há pouco mais de dois anos, ela se casou e foi morar em Linhares, vendo no café uma possibilidade de verticalizar a produção da família que está envolvida no processo, mas, a maior responsabilidade até o café chegar na mesa do consumidor é dela.
Ela conta que trabalhar há tão pouco tempo com café especial tem sido um desafio, mas com sua delicadeza, dedicação e responsabilidade, tem superado desafios.
“Quero ser uma referência para outras mulheres, principalmente para as produtoras que querem ter uma renda diferente, pois, por menor negócio que seja, com dedicação dá certo”, incentivou Renara.
*Com informações da Prefeitura de Linhares
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