Dez 2019
13
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

Com tecnologia integrada, open banking favorece surgimento de fintechs

Deo Rozindo compara que o compartilhamento de dados promovido pelo open banking é como uma rua que conecta diferentes estabelecimentos. Trazido ao contexto bancário, “isso significa que você pode transitar livremente por uma carteira digital, corretora de seguros e uma plataforma de e-commerce sem a necessidade de múltiplos cadastros, o que é burocrático e demorado” explica Deo.

Essa circulação de dados se torna possível pois os bancos estão adotando tecnologias padronizadas que “conversam entre si”. No Brasil, o open banking está sendo introduzido após novas regulações e entendimentos do Banco Central, que começaram a ser discutidos em 2019.

Em face dessa revolução financeira e o surgimento de novas empresas financeiras, é possível dizer que open banking coloca em risco a dominância dos grandes bancos brasileiros? Para Deo, o open banking pode até potencializar a atuação deles. “Hoje os bancões são os que mais investem em iniciativas de tecnologia, já de olho na concorrência com as fintechs. Eles estão aí há mais de 100 anos e tem os recursos necessários para se reinventar, e estão usando.”

De outro lado, se os bancos não acompanharem o ritmo das fintechs, o open banking pode ampliar a atuação das empresas e acirrar a concorrência. Deo explica que atualmente as empresas se propõe a atuar em apenas um setor: varejo, banco, serviços, etc. No entanto, o sistema aberto de informações do open banking permite que um setor busque entrar no escopo do outro: “o e-commerce pode oferecer serviços bancários e os bancos podem oferecer varejo no mesmo app, como já ocorre com o Banco Inter”, exemplifica Deo.

Caso as fintechs saiam a frente dessa disputa, resta aos bancos tentar incorporá-las. No entanto, segundo Deo, os investidores estrangeiros vão entrar na disputa por essas empresas. “Com o real barato em relação ao dólar, fica atrativo investir no Brasil. Caso o real se valorize haverá mais espaço para os ‘players’ nacionais. No entanto, o atual cenário de juros baixos e dinheiro abundante (o chamado excesso de liquidez) nos desenvolvidos, os estrangeiros devem buscar investimentos no Brasil. É o começo de uma nova era no sistema financeiro.

Palavra do Especialista

Para quem é bom o dólar alto?

Quando se discute os efeitos da alta taxa de câmbio (quando o real está desvalorizado e o dólar alto), sempre somos lembrados de dois pontos: 1) A desvalorização do câmbio torna as exportações mais lucrativas, beneficiando o setor exportador; e 2) A economia brasileira expande a produção doméstica. Infelizmente, esses efeitos não são os únicos.

Primeiro, parte dos bens de capital que as empresas precisam para expandir produção e/ou absorver o progresso tecnológico é importado. Com a elevação do câmbio estes bens ficam mais caros. Logo, reduzem o retorno esperado dos investimentos e o incentivo a investir.

Segundo, a elevação da taxa de câmbio efeta o preço de todos os bens comerciais básicos como: arroz, feijão, trigo, milho e a carne, item que está em evidência neste momento. Em consequência há uma redução da renda real daqueles que ganham menos e que gastam grande parte da renda com comida.

Em vez de dizer que o aumento do câmbio é bom para a economia, pergunte: para quem é bom?

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Águia Branca é única capixaba em premiação nacional

A Águia Branca é uma das vencedoras do Prêmio ANTP-ABRATI 2019 – Boas Práticas do Transporte Terrestre de Passageiros. A Viação Águia Branca, fundada em 1946, agora também é reconhecida pelo pioneirismo em tecnologia. Com o projeto “Passagem digital: comodidade e conforto, da compra ao desembarque”, a empresa vem despontando com investimentos em inovação. A diretora executiva da empresa, Paula Corrêa, a solução superou a passagem eletrônica. “O passageiro não precisa mais de papel. Ele embarca diretamente com o bilhete na tela do celular. Isso sido ótimo para nossos clientes” explicou. Na foto, Paulo Renato Oaskes, Eduardo Tude de Melo (Presidente da ABRATI), Paula Barcellos Tommasi Corrêa, Alexandre Resende (Diretor da ANTP) e Dacio Ferreira da Silva.

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Impulsionadas por open banking, carteiras digitais crescem

As carteiras digitais devem crescer fortemente nos próximos anos em todo mundo e ocupar o espaço das tradicionais empresas de cartões e bancos, afirma a consultoria Bainer. As e-wallets, como são chamadas, impulsionadas também pelo open banking, devem chegar a 28% do total de pagamentos em pontos de venda físicos até 2022 e em comércio digital, representará quase a metade dos pagamentos. No Brasil, se destacam as carteiras digitais Pag! e a capixaba Picpay.

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No Brasil, mais empresas saem do que entram na bolsa de valores

Quando as ações de uma empresa estreiam na bolsa de valores, todo o conselho da companhia se reúne para celebrar o chamado “IPO”. No entanto, uma outra sigla inglesa muito menos glamorosa, foi mais frequente em 2019: “OPA”– quando a empresa deseja retirar seus papéis da bolsa. O fechamento de capital geralmente vem após dificuldades nas companhias. Somente neste ano, foram realizados quatro IPO’s e nove OPA’s, com destaque para Multiplus e Somos Educação. Nos últimos 21 anos, em apenas três a bolsa brasileira registrou mais aberturas que fechamentos de capital.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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