Mar 2020
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

"Venda suas ações se elas estão prejudicando sua saúde"

Após uma forte queda de 30% da bolsa no ano e quatro circuit breakers, muitos investidores se questionam se a bolsa tem mais espaço para queda ou se ela já atingiu um nível confortável e vai se estabilizar.

O economista Wagner Varejão afirma que é tecnicamente impossível saber com precisão o movimento da bolsa e das ações no futuro. Ele aponta que a irracionalidade do mercado neste momento torna difícil tentar realizar qualquer projeção.

“Não me sinto confortável em qualquer previsão para a bolsa. Contudo, podemos dizer que atualmente, a bolsa brasileira está em um movimento que extrapola a racionalidade e está ignorando os fundamentos das empresas. Assim, continuamos com uma perspectiva de retomada”, afirma Varejão.

Para os investidores que desejam realizar aportes, a dica do economista é comprar ações de maneira fracionada, isto é, não gastar todo o seu saldo no mesmo dia.

“Neste momento, apesar de avaliarmos que as empresas estão com um preço bem abaixo do que realmente valem, a bolsa ainda pode cair devido às vendas forçadas de fundos de investimento, conhecidas como stop-loss”.

Wagner avalia que as melhores oportunidades no mercado de ações estão em ações de empresas sólidas e pagadoras de dividendos, mas é possível ser ainda mais arrojado, dependendo do risco. “Quem está confortável em aumentar o risco da carteira para ter a possibilidade de ganhos maiores pode optar por ações mais cíclicas [dependentes do contexto econômico]”, pontua o economista.

Para quem deseja uma carteira menos agressiva e mais estável, Varejão dá algumas dicas. “Os Investidores de renda variável mais conservadores devem optar por ações de mercados anti-cíclicos [produto ou serviço independe do momento econômico] como os grandes bancos, que atualmente negociam a um valor patrimonial baixíssimo.

É como comprar um apartamento de R$ 1 milhão e encontrar dentro dele mobílias, um cofre de dinheiro e quadros que valem mais uns R$ 500 mil.

No entanto, essa dica vale apenas para quem tem um perfil de risco e não “perdeu o sono” durante essa queda. Quem percebeu que é menos disposto a correr risco, vale reavaliar sua carteira ou até se desfazer das ações em casos mais graves.

Para Wagner, “quem percebeu nessa semana que se sente desconfortável com os movimentos bruscos da renda variável deve repensar na sua carteira. Se a desvalorização está prejudicando sua saúde, busque sacar seus investimentos o mais breve possível. De fato, o melhor é esperar, pois esperamos que as ações retornem ao patamar de antes, mas nada impede que nesse caminho a bolsa recue mais 20%, por exemplo”.

Uma das melhores formas de rebalancear a carteira, segundo Varejão, é aportar em investimentos conhecidos como ‘’hedge’ e manter uma parte do patrimônio em dólar.

Varejão explica: “em momentos de pânico no mercado, ativos como dólar e ouro tendem a se comportar de maneira inversa em relação à bolsa e se valorizar. Este momento não é o mais adequado para aportar nesses ativos, que já se valorizaram muito e estão relativamente caros. Para o investidor de longo prazo, o mais adequado para a construção de uma carteira resiliente é ter uma parte de seu patrimônio dolarizado, seja via ações no exterior, ouro em dólar ou a própria moeda.”

Palavra do Especialista

A importância de um trabalho pré M&A

Por uma boa proposta financeira, a ideia de trocar de ramo de atuação ou até mesmo se aposentar, o empresário chega a seguinte ideia: é o momento de vender a minha empresa.

De imediato já busca profissional qualificado para realizar a avaliação da empresa e estudar potenciais compradores, mas isto está sendo feito no tempo correto?

Bom, primeiramente é interessante olhar internamente para a empresa e sua estrutura atual antes de buscar avaliá-la. Esta análise deve ser feita por um time multidisciplinar que inclui contadores e advogados, além dos responsáveis pela empresa.

Os principais pontos de análise estão destacados a seguir:

1)   Contrato Social: O contrato social está atualizado e leva em consideração a atual estrutura da empresa?

2)   Regime Tributário: A empresa está em um regime tributário otimizado para fins de pagamento correto dos tributos?

3)   As demonstrações financeiras apresentam de forma coerente a realidade da empresa?

4)   Potenciais passivos contingentes e provisões estão destacados e são acompanhados?

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