Maio 2020
28
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

"Protocolo do Flamengo ajuda futebol e demais atividades", defende Gabriel Dias

Com a redução de fontes de receita, os clubes de futebol tradicionais do Brasil passam por sérias dificuldades financeiras. O Flamengo, mesmo sendo o Clube com melhor gestão do país, teve que tomar medidas emergenciais como o corte de salário dos jogadores em até 25% temporariamente. Times como Vasco e Botafogo, por exemplo, já estão há meses sem pagar salários.

Além de perdas de patrocínios e de receitas com televisão, um grande desfalque é a perda de renda com bilheteria– que rendeu, por exemplo, ao Flamengo mais de R$ 100 mi em 2019. E essa situação pode se agravar: não sendo consideradas atividades essenciais, as partidas estão bem no fim da lista de atividades que aguardam liberação.

De outro lado, times como o Flamengo estão criando protocolos para manter treinos e estão na vanguarda do retorno dos campeonatos. Gabriel Dias, diretor-executivo do portal “Ninho da Nação”, explica que “o Flamengo criou uma protocolo de padrão internacional para permitir o retorno parcial de atividades. As principais medidas são a descontaminação nos Centros de Treinamento e a testagem regular de todos os jogadores, equipe técnica, funcionários e seus familiares, para isolar os casos positivos e manter os demais saudáveis”.

Gabriel explica que, em breve, esse modelo pode ser ampliado: “O Flamengo, a FERJ (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) e a CBF estão criando um protocolo para o retorno para os outros times, o que inclui o custeio de testes para o Covid-19 para clubes sem condições para tal e seguindo os protocolos do chamado “Jogo Seguro”.

Gabriel ainda acredita que o futebol pode se tornar um exemplo de gestão ao retomar atividades de forma segura. “O próprio presidente do Flamengo já disse que essas atitudes devem ser exemplo para outras atividades, já que tem um altíssimo nível de segurança. Pode haver inclusive um benefício para a saúde pública, já que o monitoramento será constante– muitos jogadores do Flamengo declararam abertamente que se sentem mais seguros treinando e sendo testados que em casa e sem testes.”

Sobre o retorno das partidas e campeonatos, o diretor-executivo do Ninho da Nação acredita que teremos um modelo similar à Bundesliga, liga de futebol da Alemanha, que realiza jogos sem torcidas. Para ele, “isso gera impactos positivos, uma vez que o futebol de movimenta R$ 53 bi por ano no Brasil [dados de 2019] e pode ajudar no reaquecimento da economia. O Espírito Santo, que recebeu mais de 500 jogos no ano passado, por ser um dos beneficiados por esse movimento.”

Além do exemplo na gestão, o Flamengo tem realizado ações em áreas sociais no RJ. O Clube arrecadou R$ 104 mil em doações, atendeu mais de 2 mil famílias, distribuiu mais de 8 mil álcool em gel em comunidades do RJ, distribuiu um auxílio financeiro para 922 trabalhadores informais do Maracanã e liberou sua marca para fabricação máscaras sem necessidade de royalties.

Palavra do Especialista

Recuperação da bolsa: mercado financeiro e a covid-19

As bolsas ao redor do mundo registraram quedas históricas e rápidas, sendo quedas de até 40% em apenas 3 semanas. Para um comparativo, o Ibovespa, índice referência de ações do mercado brasileiro, derreteu 50% em aproximadamente 5 meses durante a crise financeira de 2008. Portanto, a notícia do vírus veio muito mais avassaladora que a da crise financeira.

Muito já se especulou sobre onde seria o “fundo do poço”, e o mercado está mais do que nunca atento a qualquer notícia de estímulo à economia. As economias globais reagiram positivamente aos pacotes trilionários de dólares anunciados pelo governo norte americano, mas a volatilidade dos mercados ainda é alta e bateu níveis históricos em decorrência de notícias relacionadas ao vírus.

Na minha visão, o Ibovespa não deve chegar a uma mínima menor que 60.000 pontos, sendo hoje negociado perto da casa dos 80.000 pontos. Algumas ações estão sendo negociadas abaixo do seu valor contábil, mas os temores de uma segunda onda de infecção aumentam a aversão ao risco dos investidores, enquanto que notícias sobre o desenvolvimento de uma vacina, alimentam o apetite.

Por André Moura, Ph.D. em Contabilidade e Finanças (University of Birmingham – UK), Professor da Fucape Business School

Postado Agora

Rodrigo Miranda (Shipp/Zaitt) e Marcely Bridi (Sebrae) participam de live do Shopping Vitória

A transmissão faz parte do SV Essencial, uma séria de iniciativas voltadas para preparar os lojistas para o retorno das atividades. A medicação das lives é feita por este colunista.

Postado Agora

O novo essencial

Rodrigo Miranda avalia que a digitalização dos negócios não faz parte do novo normal, e sim, do novo essencial. “Esse tendência de uso de ferramentas online e transformação não vai desaparecer ou reduzir após a crise. É algo obrigatório pro negócio moderno.”

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O simples é melhor que o complexo

O fundador da Shipp e Zaitt alerta que digitalização não se refere a tópicos complexos como ‘machine learning’. “Na maioria das vezes, realizar simples pesquisas online para entender melhor o perfil e gosto do seu cliente já é um grande avanço.”

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Consultoria Digital

Segundo Marcely Bridi, o Sebrae oferece dezenas de cursos gratuitos, incluindo uma pra consultoria de presença digital. O acesso é pelo Portal Por Onde Começar.

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APD comemora julgamentos virtuais

A banca APD Advogados comemorou hoje a primeira sessão de julgamento virtual no Juizado Federal do Espírito Santo: “a realidade da pandemia traz novos desafios e a nossa equipe está pronta para enfrentá-los”.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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