Abr 2021
1
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Pessimismo não é generalizado, mas empresários sentem "banho de água fria", avalia economista

Em março, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado no Espírito Santo pelo Ideies/Findes, sofreu a maior queda desde abril de 2020. O indicador caiu 5,5 pontos numa escala de 0 a 100 e atingiu a marca 55,3, chegando perto dos 50 pontos– considerada a linha divisória entre o pessimismo e o otimismo

Pesaram nesse resultado uma piora na avaliação dos empresários sobre a situação atual do negócio e as expectativas para o futuro.

Para o professor da Fucape Business School, Felipe Storch Damasceno, a queda do índice de confiança ainda não caracteriza um pessimismo generalizado, mas aponta que eventos como o agravamento da crise sanitária e as incertezas na esfera política soam como um banho de água fria para empresários e investidores.

Ele avalia que “Não estamos no pior momento do setor produtivo na pandemia, mas existem muitas incertezas para o empresário retomar a produção. A primeira é a falta de previsibilidade para o abrandamento da crise sanitária, que está ligada ao ritmo de vacinação. Em segundo lugar, existe a alta nos preços de insumos, puxada por uma pressão inflacionária do mercado internacional e pela paralisação das cadeias produtivas. As indústrias param, e quando retornam, os insumos são escassos ou muito caros.”

Outro fator considerável para a queda na confiança dos empresários é a incerteza política. Para Felipe Storch, a condução inadequada da política econômica e ruídos ‘desnecessários’ contribuíram para maus resultados da indústria brasileira na última década e continuam a ser nocivos ao ambiente de negócios.

“Sempre crises políticas tendem a causar ou agravar crises econômicas, e no Brasil vemos isso ocorrendo continuamente desde 2012. No momento atual, os ruídos que vêm de Brasília com relação a troca de ministros, articulação política do Governo e cumprimento do teto de gastos gera aumentam as incertezas no ambiente de negócios” pontua o economista.

Nesse sentido, Storch argumenta que as crises políticas causam prejuízos à agenda reformista, que deve ser considerada prioritária. “Essas discussões inevitavelmente atrasam as reformas estruturais que são necessárias para a retomada da confiança e do crescimento econômico. Nesse momento, precisamos de reformas para simplificar o ambiente de negócios e reduzir o peso da carga tributária sobre o empresário.”

Comércio internacional e reativação da Samarco podem ajudar o ES a largar na frente

Apesar do viés de incerteza no cenário nacional, o professor da Fucape aponta que há razões para que o Espírito Santo tenha uma retomada mais vigorosa que a média do país.

“O ES é um estado com comércio exterior muito forte, logo, se o resto do mundo avança, a economia do estado tende a avançar. E é exatamente isso que está ocorrendo: o mundo desenvolvido está apresentando perspectivas de retomada melhores que o Brasil por conta da vacinação, o que impulsiona a atividade de estados exportadores, como Mato Grosso e Goiás”,

Storch ainda destaca que, no Espírito Santo, a reativação da Samarco é um fator que vai contribuir para a retomada. “Com o retorno das atividades da Samarco ao longo do ano, temos boas perspectivas para a retomada do dinamismo da economia do litoral Sul do Espírito Santo e um maior crescimento das crescimento das exportações.”

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