Maio 2021
4
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

"Compreender minhas limitações foi libertador", diz Ada Mota sobre trajetória na Adcos

Mundo Busines: Como foi o início da sua carreira como empreendedora, o seu primeiro passo nessa trajetória?

Ada Motta: Venho de uma família de empreendedores e comerciantes. Desde cedo acompanhei  o comércio do meu pai e até tive experiência com ele. É algo que está na veia da família. Me formei em farmácia e bioquímica e em seguida tive oportunidade de cursar dermocosmética e cosmetologia em Paris, onde escrevi minha tese de mestrado. Aquela época era o início da dermocosmética na Europa, e essa área de estudo ainda não havia chegado no Brasil. Naquela época, nossa pesquisa no hospital Saint Louis consistia em transformar pomadas oleosas em um produto mais cosmético sem perder a eficácia de um medicamento.

Após o seu retorno da França, como foi a ideia de fundar a Adcos?

Tive contato com Maria Helena Ottoni, que já tinha começado uma farmácia, a Farmaderm– fomos sócias por bons anos. Após uma década, surgiu a ideia de iniciar indústria de cosméticos, mas percebemos o peso de manter dois negócios que demandam muita atenção. Segui com a indústria [Adcos] e ela com a farmácia [Farmaderm].

Hoje a Adcos é uma das principais indústrias de dermocosméticos do país. Quais foram os princípios que lhe guiaram nessa construção?

A maior razão pela qual conseguimos reputação em nossos produtos é a minha responsabilidade como farmacêutica na eficácia dos produtos. Isso sempre foi um princípio inegociável. Claro, isso exige mais investimento em matérias primas selecionadas, em grande parte importadas. Ao lado disso, trabalhamos ativamente na área médica para que os profissionais da saúde tenham confiança em nossos produtos, como os de fotoproteção e anti-envelhecimento.

Além disso, foi importante contar com uma equipe multidisciplinar. Sou especialista em marca e produtos, mas tenho dificuldade em lidar com a área financeira, por exemplo. Compreender essa limitação foi libertador, pois existem muitos empreendedores que sabem tirar o negócio do chão mas não tem habilidade com o back-office. Sem uma equipe que subsidie o fundador, o negócio não se perpetua.

"Valorizamos a cultura do ganha-ganha, e não o colaborador 'esperto'", revela Ada Mota

Mundo Business: A mulher tem uma responsabilidade grande com a família e empreender em meio a maternidade pode ser um desafio. Como você encontrou o equilíbrio da Ada-mãe com a Ada-empresária?

Ada Motta: O mais importante é ter equipes complementares na empresa e na vida. Sempre contei com apoio de psicólogo para buscar melhor direcionamento, uma funcionária doméstica de confiança no nosso lar. Na empresa, da mesma forma, é importante delegar atribuições com responsabilidade e entender que você nunca será perfeito em tudo.

Como você gerencia sua equipe no dia a dia e quais habilidade você vê como necessária nos colaboradores?

Hoje, conto com uma equipe muito maior e qualificada, mas no início tive dificuldade com a formação das pessoas. Busco nos meus colaboradores o alinhamento com a cultura de ganha-ganha e nunca valorizamos a pessoa “esperta”! As parcerias tem que ser boas para todos os lados, seja fornecedor ou funcionário. No momento em que alguém se sente lesado, a parceria acaba, portanto é importante ter respeito pelos stakeholders.

Ao mesmo tempo que muitos dizem que é difícil empreender no ES, vemos muitos grandes negócios nascerem aqui. Como foi desenvolver uma indústria de porte nacional a partir de Vitória? 

O fato de ter quatro filhos facilitou estar em uma cidade em que tudo é próximo. Ter visibilidade nacional é um desafio de empreender em uma cidade pequena. Porém. comecei a divulgar a marca e atrair interesse de distribuidores e revendedores em palestras e exposições para o público qualificado. Também nos aproximamos de farmácias de manipulação pelo Brasil. O negócio nunca foi apenas local e a abrangência nacional chegou rapidamente.

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Economista capixaba assume a Secretaria Especial da Fazenda

Economista erradicado no Espírito Santo, Bruno Funchal foi escolhido pelo Ministro da Economia Paulo Guedes para ser seu braço direito na Secretaria Especial da Fazenda. Após seu notável desempenho na Fazenda do ES, Funchal se projetou no cenário nacional quando assumiu o Tesouro Nacional em um dos momentos mais desafiadores para as contas públicas do país. Além de economista, Funchal é professor titular da Fucape Business School, que reúne um time de financistas, contadores e economistas de peso, liderados pelos fundadores Aridelmo Teixeira e Valcemiro Nossa.

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Exportações do ES crescem no 1º trimestre

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Inscrições

No ato da inscrição, o candidato deve anexar a descrição detalhada da ideia, um vídeo (pitch) de até três minutos apresentando a proposta e os documentos obrigatórios para participação. O cadastro deve ser feito em www.findeslab.com.br/sesitech

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