Em um passado não tão distante, os escritórios de contabilidade acumulavam montanhas de papéis: demonstrativos, notas fiscais e uma infinidade de documentos. Mas os tempos mudaram. Da mesma forma que serviços bancários e consultas médicas se digitalizaram, alguns contadores decidiram embarcar na transformação digital nos últimos anos. Os escritórios contábeis on-line ganham espaço com proposta moderna e promessa de custos menores, que ajudam pequenos negócios e startups a crescerem e superarem os desafios da burocracia brasileira.
A mudança do modelo dos escritórios de contabilidade do analógico para o digital acompanha a transformação digital pela qual passam as empresas dos diversos ramos. No Espírito Santo, o escritório Newcont Inteligência Contábil, com mais de 20 anos de mercado, deu origem à plataforma de contabilidade on-line Virei Contador, que nasceu com foco no atendimento às micro e pequenas empresas.
“Hoje o Brasil conta com 21 milhões de micro e pequenas empresas, dentre elas muitas startups, que precisam de contabilidade mais direta e custo menor. Contabilidade consultiva contratada por empresas maiores é mais custosa, podendo passar de um salário mínimo”, assegura Jefferson Rocha Júnior, sócio-fundador do Virei Contador.
De acordo com Jefferson, a pandemia acelerou a tendência de digitalização de diversos serviços, e a contabilidade não ficou de fora. “Hoje, trabalhamos com processos automáticos, atendimento via WhatsApp e reuniões telepresenciais. Se por um lado isso reduz o contato presencial– algo que se consolidou como uma tendência– por outro podemos oferecer um serviço acessível a empresas em estágio inicial sem muitos recursos para investir”, afirma Jefferson.
Outra vantagem para o empreendedor ao contratar serviços contábeis remotamente é ter mais tempo para focar na atividade principal da empresa, diz o sócio-fundador da Virei Contador.
“O pequeno empresário tem várias dores ao lidar com tributos e burocracia governamental, e o empresário brasileiro é o que mais gasta tempo com essas obrigações no mundo. Com os serviços contábeis e o pacote de gestão financeira– o BPO financeiro– que oferecemos, liberamos o empresário para focar naquilo que realmente importa, o crescimento e o desenvolvimento de seu negócio”, conclui.
Com o aumento do número de abertura de empresas– no Espírito Santo, foram 18 mil novos CNPJs em 2021, um recorde– a Virei Contador aposta em um mercado próspero para serviços digitais de menor custo.
“O estado está se tornando um celeiro de startups e a contabilidade on-line é uma ferramenta que ajuda essas empresas a se desenvolverem e superarem a burocracia brasileira”, afirma Jefferson.
Uma startup que apostou nessa modalidade de prestação de serviços no Espírito Santo foi a Grupfy, que tem como sócio Renzo Colnago. Ele destacou pontos positivos de um serviço digital na rotina da empresa.
“Além da competitividade de custos da contabilidade remota, o atendimento por WhatsApp e a centralização de todos os documentos em um sistema são diferenciais”, afirma.
Na última semana faleceu aos 94 anos um dos grandes nomes do empreendedorismo capixaba: Silvestre Frittoli, um dos fundadores do Frigorífico Frisa. O Frigorífico Frisa, se destaca hoje como um dos expoentes do agro capixaba. O empreendedorismo de Silvestre e de sua família certamente contribuíram para o desenvolvimento do Espírito Santo.
360 gestores de ativos e analistas consultados pela PwC declaram que retirariam os investimentos de uma empresa se ela não demonstrar ações concretas com foco em ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança). Ainda, 82% dos participantes acreditam que as companhias deveriam incorporar o ESG diretamente nas estratégias corporativas.
A mesma pesquisa aponta que 66% dos entrevistados disseram que algum executivo deve ser responsável pelas políticas ESG da empresa, sendo que 53% avaliam que deve ser o CEO. “Ter uma estratégia ESG bem definida, com ações concretas e informações bem detalhadas e divulgadas ao mercado são fundamentais hoje e ainda mais nos próximos anos, quando os investidores estarão cada vez mais atentos a tudo que as empresas estão fazendo no âmbito socioambiental”, afirma Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil.
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