Maio 2022
20
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Primeiro terminal demandará investimento de R$ 2,5 bilhões

Em setembro deste ano, a supressão vegetal– processo de eliminação da mata nativa– deve ter início no terreno que comportará o Porto Central, em Presidente Kennedy, extremo sul do Espírito Santo. Essa é o primeiro passo da fase inicial das obras do complexo.

A primeira etapa das obras compreende desde o desmatamento até a construção de canais profundos para a chegada dos navios e do terminal de granéis líquidos (como petróleo, gasolina e diesel). Essa estrutura vai demandar um investimento de R$ 2,5 bilhões e três anos para ser completada. A conclusão do Porto demandará um total de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões.

A obra civil será executada pela Vaanord, empreiteira holandesa conhecida pela realização das ilhas de areia residenciais de Dubai, a The Palm.

Até o momento, pelo menos quatro petroleiras, dentre elas a Petrobras, assinaram contratos para operar no Porto Central e combinaram um prazo para iniciar a operação. Em razão disso, a margem para adiamento da execução é cada vez menor.

O prefeito municipal de Presidente Kennedy, Dorlei Fontão, garantiu que todas as licenças para início das obras foram concedidas e afirmou que a concretização do Porto Central vai promover um ciclo virtuoso de crescimento na região Sul do Espírito Santo.

“O Porto vai trazer por si só um volume grande de investimentos e gerar centenas de empregos, seja pela operação portuária, seja pelas indústrias que vão se instalar dentro do complexo. Indiretamente, o Porto vai fomentar a vinda de indústrias que tem interesse em utilizá-lo para exportar e importar, além de aquecer a cadeia de fornecedores locais”, avalia Dorlei.

600 mil barris de petróleo passarão diariamente pelo Porto Central, calcula Novaes

Segundo o Presidente do Conselho da empresa que controla o Porto Central, José Maria Novaes, o principal interesse das petroleiras é realizar o transbordo de petróleo no Porto Central.

“Como os navios aliviadores que recolhem o petróleo extraído em alto mar não são os mesmos que realizam a viagem transoceânica, eles precisam transferir o óleo para navios de maior porte. Essa operação pode ser feita no mar– que é arriscada e depende de uma boa condição climática– ou em um porto com estrutura adequada, como terá o Porto Central”, afirma Novaes.

Inicialmente, o Porto Central terá capacidade prevista para processar 600 mil barris de petróleo por dia, calcula José Maria Novaes. “E esse volume pode crescer conforme mais petroleiras começarem a operar no terminal”, completa.

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