Economia

'Não há como ajudar todos os setores', diz presidente do Santander

De acordo com Rial, os cerca de R$ 1 trilhão que já foram disponibilizados para combater os efeitos da crise do Coronavírus no Brasil vai exigir que a nação reflita no que será possível deixar de fazer para que essa conta seja paga

‘Não há como ajudar todos os setores’, diz presidente do Santander ‘Não há como ajudar todos os setores’, diz presidente do Santander ‘Não há como ajudar todos os setores’, diz presidente do Santander ‘Não há como ajudar todos os setores’, diz presidente do Santander
Foto: Divulgação

O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, afirmou que deve-se evitar que mais setores venham buscar dinheiro no governo por conta da crise. “Cada um tem de conversar com seus acionistas. Tem muitas multinacionais que preferem correr para o governo. Nós não temos como ajudar a todos os setores do Brasil como Estado porque nós brasileiros e brasileiras vamos pagar por isso. Essa conta tem de ser paga”, ressaltou ele, durante “live” realizada nesta segunda-feira, 6, na internet.

De acordo com Rial, os cerca de R$ 1 trilhão que já foram disponibilizados para combater os efeitos da crise do Coronavírus no Brasil vai exigir que a nação reflita no que será possível deixar de fazer para que essa conta seja paga. “Talvez, coisas como vamos ter de fazer ou não uma nova reforma da Previdência? A reforma administrativa se torna mais importante. Já estamos vendo empresas reduzindo salário”, listou.

Segundo ele, a flexibilização do emprego com responsabilidade é extremamente importante neste momento. “Quanto mais pessoas mantenhamos empregadas, melhor é, inclusive para a própria economia informal, que também vive muito em função dos empregados formais. É super importante manter esse economia mais prolongada e evitar o desemprego imediatista porque isso terá impacto” avaliou.

O presidente do Santander afirmou ainda que, em vez de achar que só um grupo pagará a conta da crise, é preciso ter noção que será toda a sociedade. “Quanto menos colocarmos o que não faz sentido e não é necessário no curto prazo, melhor para nós brasileiros, que vamos gastar menos. A conta a ser paga será menor”, destacou. “Tudo que estamos fazendo agora tem um custo. Precisamos fazer a otimização do que estamos gastando do contribuinte brasileiro”, acrescentou.