Economia

Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga

Enquanto o povo grego vota sobre o resgate, Reynders disse que um voto "não" implicaria em começar do zero para encontrar um novo plano para salvar o país e mantê-lo na zona do euro

Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga Negociações com Grécia podem continuar após plebiscito, diz ministro belga
Grécia pode sair da zona do Euro Foto: Reprodução

Aix-En-Provence – O ministro de relações exteriores da Bélgica, Didier Reynders, disse neste domingo que mesmo se os cidadãos gregos votarem “não” no plebiscito, as negociações com os parceiros europeus podem continuar. Contudo, o dirigente belga ressaltou que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, estaria em uma posição de negociação enfraquecida.

Enquanto o povo grego vota sobre o resgate, Reynders disse que um voto “não” implicaria em começar do zero para encontrar um novo plano para salvar o país e mantê-lo na zona do euro. Como os empréstimos à Grécia são principalmente de cidadãos europeus, seria difícil fazer maiores concessões, afirmou o ministro, ao observar que a idade de aposentadoria é maior na Bélgica do que a Grécia.

“O primeiro-ministro grego diz que vai ficar mais forte. Mas a democracia está em toda a Europa, não é só a democracia grega”, disse Reynders. “Felizmente nós não estamos fazendo plebiscitos em outros países para perguntar se devemos ajudar a Grécia, porque eu acho que haveria algumas surpresas”, acrescentou.

Reynders também afirmou que um voto “não” teria um impacto negativo prolongado sobre a própria economia da Grécia. “O choque vai continuar por mais tempo do que o governo grego está alegando. Se for um ‘sim’, nós vamos ter uma base e podemos trabalhar nessa base. Se for ‘não’, vamos precisar de renegociar um novo plano, com todos os riscos que isso envolve”, disse Reynders.

O ministro belga, que também é vice-premiê, disse que um voto “não” forçaria a zona do euro a preparar medidas para manter a confiança nos outros países do bloco. A economia europeia em geral também seria colocada em risco, acrescentou.

“No momento, a economia europeia está se recuperando ligeiramente, mas se recuperando, de qualquer forma. O resultado do plebiscito pode criar um novo atraso e colocar freios”, disse Reynders. Fonte: Dow Jones Newswires.