Arquitetura incorpora energia solar em projetos Arquitetura incorpora energia solar em projetos Arquitetura incorpora energia solar em projetos Arquitetura incorpora energia solar em projetos
Fachada do residencial Bosco Esposizione, primeiro edifício a utilizar a tecnologia no RS. Foto divulgação.
Fachada do residencial Bosco Esposizione, primeiro edifício a utilizar a tecnologia no RS. Foto divulgação.
Fachada do residencial Bosco Esposizione, primeiro edifício a utilizar a tecnologia no RS. Foto divulgação.

 

A energia solar pode ser utilizada em todas as áreas de atuação humana. E não é diferente na arquitetura e na construção civil. É cada vez mais urgente que o projetar e o construir sejam mais eficientes energeticamente, aproveitando a luz do Sol. Essa tecnologia, que integra os sistemas fotovoltaicos ao design e arquitetura das mais diversas construções, está sendo cada vez mais utilizada no mundo, mas ainda é embrionária no Brasil.

 

Um produto para revestimento de fachadas que, além de gerar energia a partir de fonte solar com alta eficiência, proporciona um preenchimento estético e perfeitamente integrado às edificações. Essa é a solução BIPV (Building Integrated Photovoltaics – Integração Fotovoltaica na Construção Civil). Neste contexto, a arquitetura solar, por meio dos BIPVs, vem se tornando uma tendência mundial por gerar eficiência energética nas edificações.

 

O condomínio residencial Bosco Esposizione, previsto para ser inaugurado no primeiro trimestre de 2025 em Caxias do Sul será o primeiro edifício do Rio Grande do Sul a aplicar tecnologias de energia solar fotovoltaica em toda a fachada do prédio. A energia gerada no edifício vai abastecer as áreas comuns, como academia, salão de festas, sala de jogos, brinquedoteca, piscina coberta e aquecida, áreas de circulação, elevadores e toda a parte que compreende o ambiente de uso comum dos condôminos.

 

A SolarEdge, responsável pela novidade, é líder global em tecnologia Smart Energy. Por promover recursos de engenharia de classe mundial e com amplo foco em inovação, a SolarEdge cria soluções de “energia inteligente” que melhoram nossas vidas e impulsionam o futuro progresso.

 

EFEITO EXCLUSIVO E RESERVA ENERGÉTICA

Diferentemente das instalações tradicionais de energia solar que são limitadas aos telhados, o BIPV permite explorar diversas superfícies na integração dos painéis solares, incluindo fachadas, claraboias, grades do prédio, brises, marquises e muito mais, o que permite criar um efeito arquitetônico exclusivo. Isto significa que o BIPV possui dois benefícios em comparação aos sistemas fotovoltaicos comuns: efeito estético e melhor aproveitamento do espaço disponível. Além disso, o BIPV contribui – para as edificações onde está instalado – na proteção contra os raios do sol, no isolamento térmico, na proteção contra a chuva, no sombreamento parcial de áreas e em substituição às telhas.

 

Por outro lado, um problema típico dos sistemas BIPV é a perda de energia devido ao aumento da temperatura, uma vez que os módulos geralmente operam perto do envelope do edifício com pouca ventilação. Pensando nisso, a SolarEdge desenvolveu o Sense Connect, que utiliza uma combinação de sensores de temperatura e algoritmos de previsão para detectar altas temperaturas nos conectores, minimizando riscos de incêndio e entregando maior desempenho para o sistema.

 

Mesmo assim, aliar uma geração energética proveniente de uma fonte limpa e renovável a uma edificação que precisa se beneficiar das vantagens proporcionadas pelo uso da energia solar, é a combinação ideal para torná-la uma edificação de energia quase zero (NZEB – Nearly Zero Energy Building), ou seja, autossuficiente em energia.

 

 

PROJETO INTEGRADO

De acordo com Silvana Silvestre, arquiteta e responsável pela Gestão de Relacionamento da Greener, empresa de assessoria e inteligência de mercado com foco no setor fotovoltaico, é relevante para o balanço de Net Zero que o projeto arquitetônico seja concebido contemplando a integração com o sistema fotovoltaico. “Nesse modelo, os elementos fotovoltaicos são integrados à edificação, tornando-se componentes multifuncionais da construção civil, não apenas gerando energia, mas apresentando funções de desempenho arquitetônico e estético”, afirma a arquiteta.

 

Ainda segundo Silvana, no BIPV, podem ser integrados módulos convencionais, mas existe uma tendência para integração estética. “Já há o emprego de módulos diferenciados como os flexíveis, com texturas, personalizados e integrados a sistemas solares fotovoltaicos inteligentes, que ampliam a composição formal”, destaca a arquiteta.

 

É importante ressaltar, no entanto, que painéis tradicionais também podem ser utilizados nessa integração. “Não é preciso recorrer apenas aos filmes finos ou outras tecnologias mais caras. Uma das aplicações mais frequentes de BIPV, inclusive, é na substituição de coberturas de garagem e de estacionamentos. Além de gerar energia limpa e renovável, os painéis produzem sombra e proteção para os veículos”, afirma Juliano Pereira, country manager da SolarEdge.

 

 

 

 

Alex Pandini

Repórter

Jornalista com mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.

Jornalista com mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.