A busca por pontos de recarga para carros elétricos em condomínios vem crescendo muito nos últimos três meses.
Os brasileiros estão entre o público mais interessado por carros elétricos no mundo, atrás somente da China. Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, em 2019, já mostrava que 48% dos consumidores consideram seriamente comprar um veículo elétrico. Bem como 10% afirmam têm planos concretos para adquirir um desses carros.
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Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a frota de carros elétricos e híbridos plug-in chegou à marca de 100 mil unidades no Brasil em 2022. Além disso, entre janeiro e junho de 2023, o Brasil emplacou 32.239 veículos eletrificados (a soma de híbridos de todos os tipos mais elétricos). No entanto, no mesmo período de 2022, o páis registrou 20.427 unidades.
E no Espírito Santo, não tem sido diferente. “Nos ultimos três meses, as vendas desses carros triplicaram. Hoje temos uma média de 60 unidades por mês. E consequentemente, a busca por projetos de pontos de recarga também triplicou”, conta o engenheiro eletricista Guido Alves Agrizzi.
Pontos de recarga
Os veículos elétricos, sobretudo os automóveis, são um caminho sem volta, lembra Agrizzi, que é especialista em eficiência energética e sócio proprietário da ChargEVix. “A demanda tem sido diária para estruturação de projetos destinados a condomínios em que os pontos de recarga não existiam no planta original”, conta.
“Em menos de três meses, dois moradores compraram carro elétrico. E tivemos de resolver a demanda” afirma Oséias Dantas. Ele, que é síndico de um condomínio na Praia do Canto, acrescenta que outros síndicos tem tido a mesma necessidade.
“Muitos outros condomínios têm demando a instalação dos pontos de recarga. Cada vez mais moradores adquirem carros elétricos ou hibridos. Assim, precisam ter garantida a condição de recarga em suas residências”, aponta Oséias.
O engenheiro Agrizzi afirma que o primeiro apsso é analisar se existe possibilidade de instalação de ponto de recarga naquele determinado local. “Quando há viabilidade, o cuso de instalação de cada ponto varia entre R$ 3 mil e R$ 6 mil”, aponta. Localização, distribuição de energia e estrutura elétrica insuficientes são fatores que podem inviabilizar o projeto, finaliza o engenheiro.
Fato é que os edifícios podem se preparar para essa mudança, que ainda veremos em todo o mundo. Na Europa, por exemplo, a perspectiva é para que os carros à combustão sejam banidos até 2035.
Agenda Global da ONU
A redução das emissões de CO2 é apenas um dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Organização das Nações Unidas. Nesse contexto, está a todo vapor o debate no Brasil sobre as rodovias inteligentes. Ou seja, entre os avanços previstos, está a instalação de pontos de recarga rápida para veículos elétricos, nos postos de combustíveis localizados em rodovias federais.
Fonte: Agência Senado
