Dia do Trabalho – homenagem especial. Dia do Trabalho – homenagem especial. Dia do Trabalho – homenagem especial. Dia do Trabalho – homenagem especial.
Dia do Trabalho - homenagem especial.

Neste dia do Trabalho faço uma homenagem especial a um trabalhador que lutou durante toda a sua vida vencendo obstáculos praticamente intransponíveis. Trata-se do seu Francisco Apolinário, ou melhor, como era conhecido, “Chiquinho Meu Nego”, lá pelas bandas da zona da mata em Minas Gerais.

Seu Chiquinho não esperou oportunidades, ele enfrentou a onça como diziam os antigos. Nascido aos 10 de janeiro de 1902, analfabeto, se revelou um grande homem, provando que pelo trabalho pode-se ter cultura apesar de não saber ler.

Sua primeira profissão foi a de Chofer, sendo um dos primeiros a ter a carta de habilitação em Minas Gerais pilotando aquele já conhecido Ford Modelo T que chegava ao Brasil pelo porto do Rio de Janeiro.

No início dos anos 50, Seu Chiquinho, morando em Assaraí, município de Pocrane MG, próximo de Ipanema, resolveu empreender e construiu uma ponte sobre o Rio Zé Pedro por onde passavam veículos carregados de café, madeira e outras produções locais geralmente destinadas a Ipanema ou Manhuaçu. Pilares de concreto armado e método de construção saído de sua inteligência obstinada. A ponte durou mais de 50 anos, apesar de nada saber sobre engenharia.

Empreendeu com oficina mecânica, foi madeireiro e comerciante. Trabalhou até o final de sua vida com retidão e dedicação. Num dado momento, em meados da década de 60, vendeu um dos seus veículos de trabalho para pagar antecipadamente os meus estudos no período colegial e científico – Colégio Ibituruna, Gov. Valadares MG.

Dedico, portanto, ao meu pai falecido em 1977, a homenagem justa do Dia do Trabalhador para quem, não sabendo ler e escrever, foi lá e fez acontecer.

Na ilustração a seguir, um “bico de pena” feito por mim em 1998, a partir de uma pequena foto de 1934 tirada em Manhuaçu – MG. Seu Chiquinho está no volante acompanhado de amigos da cidade. O banco é uma caixa de madeira. Transportava-se uma peça de madeira sobre um caminhão da marca International.

Valeu, seu Chiquinho!

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.