INOVAR OU MORRER - atitudes indispensáveis para romper a inércia...

Sempre fui admirador do trabalho do professor Marins, em especial pela sua lucidez, tranquilidade e capacidade de transmitir as “verdades conhecidas”, ou seja, aqueles ensinamentos que todos sabemos que existem, são válidos e importantes, mas deixamos que a rotina os sufoque, infelizmente.

Um artigo do professor no final dos anos 90 falava sobre o tema, MUDAR OU MORRER! Parece drástico, mas é isso mesmo. O professor Marins listou 4 atributos que nos levam a um ponto significativo, o 5º. Atributo: CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO, de grande importância para nossos projetos do momento atual e tempos futuros. Vejamos:

 1. Flexibilidade: As empresas e pessoas têm que ter hoje uma grande capacidade de mudar rapidamente. Não podem ser rígidas. Têm que estar prontas para a mudança no momento exato em que essa mudança mostrar-se necessária. Pessoas e empresas rígidas não conseguem sobreviver.

2. Positividade: Pessoas e empresas negativas, que não conseguem enxergar nas crises, momentos de oportunidade, igualmente não sobreviverão. Conheço pessoas demasiadamente negativas, que não acreditam em si próprias e portanto em suas possibilidades de vencer desafios e obstáculos. Essas pessoas farão uma empresa negativa e isso será fatal para o sucesso daqui em diante.

3. Organização: Quando a organização é do tamanho certo, na dose certa, ela fará com que a empresa ande mais depressa. O que não pode ocorrer é a burocracia, o cartorialismo, o excesso de normas e regras que distanciam a empresa da capacidade de mudar.

4.Foco: Estamos analisando gerentes e diretores, hoje, menos pelo que fazem e mais pela capacidade que têm de deixar de fazer coisas irrelevantes e manter-se em foco com os principais objetivos da empresa e seus clientes. Empresas e pessoas sem foco são um verdadeiro desastre.

5. CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO: Não há mais como aprender com o passado e nem viver copiando dos concorrentes. É preciso inovar, criar.

Só empresas e pessoas criativas podem encantar os clientes, entender o mercado para reinventar o seu setor e, portanto, vencer em anos de extrema competitividade.

O tempo passou e o desafio continua. Assim como temos os 5 pontos do Professor Marins na década de 50 tivemos os famosos 14 pontos do Dr. Deming que até hoje ajudam as empresas a dominar os princípios básicos da gestão e os avanços em tecnologia e diferenciação no mercado, ou melhor, investindo em INOVAÇÃO.

A Revista Exame, edição 1068, trouxe uma reportagem magnífica sobre a FÁBRICA DO FUTURO e o tom não poderia ser outro. As fábricas (empresas e pessoas) precisam abrir os olhos para as novas tecnologias de gestão, controle e produção, em um cenário em que nosso nível de competitividade encontra-se no penúltimo lugar entre 13 países selecionados pela CNI para uma análise de competitividade (Relatório CNI 2013).

A reportagem de Exame nos coloca diante do que seria uma nova revolução industrial liderada pela digitalização e automação, com uso intensivo de conhecimento e práticas inteligentes. Cita ainda 3 pontos vitais: O progresso tecnológico com o barateamento de componentes, a Digitalização em massa de documentos, mapas, vídeos e disponibilização nos vários canais e as Novas Frentes de Inovação com destaque, como dizia o Professor Marins, na gestão colaborativa, participação da academia e uso das novas tecnologias de forma mais intensa no piso de fábrica.

Nossa conclusão é que os frutos da inovação serão contabilizados na produtividade e lucratividade das empresas, mas para atingirmos tais resultados é preciso MUDAR, ou …

*Artigo escrito originalmente para o SINDIFER em suas publicações na feira MEC SHOW 2014.