Investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação – nosso desafio. Investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação – nosso desafio. Investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação – nosso desafio. Investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação – nosso desafio.
Investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação - nosso desafio.

Recebi a dica do artigo, que republicarei a seguir, do amigo e inovador nato, Luiz Alberto Carvalho da empresa igualmente inovadora, a Tecvix. Luiz vem nos últimos anos desafiando as estruturas rígidas do pensamento convencional da nossa querida indústria capixaba. Ocupando o cargo de Diretor de Inovação da Federação das Indústrias do ES – FINDES (Gestão Marcos Guerra), e também na presidência do SINDIFER, Luiz lutou bravamente para a mudança das mentalidades dos líderes empresariais com foco na competitividade e desempenho classe mundial a partir da inovação e seus resultados práticos.

Falar sobre a Coréia do Sul é abrir as portas para novos conhecimentos – veja o texto da nature.com. Abril/17.

“A Coréia do Sul vai investir 5% do seu PIB em ciência. Isso dá em torno de 70,5 bilhões de dólares.

O Brasil vai investir 0,89 bilhões de dólares em ciência. Isso já seria ruim por si só. Mas quando a gente compara com o PIB do Brasil isso significa investir 0,05%, literalmente 100 vezes menos que a Coréia.

Mas comparar com a Coréia é sacanagem. Eles investem pesado em ciência. Vamos comparar com outro país, vamos comparar com a Índia. Para 2017, o orçamento para ciência do país é de 8 bilhões de dólares, 10 vezes maior que o do Brasil. Isso dá um investimento baixíssimo, de 0,3%, o que foi motivo de matéria na Science, inclusive. E é seis vezes mais do que o Brasil vai investir em ciência”.

Veja o quadro (2016) do estudo comparativo da Posição Competitiva dos 18 Países Selecionados, feito anualmente sob o patrocínio da CNI. Desde 2012 estamos ocupando os últimos lugares – Veja o quadro a seguir.

Voltando ao texto: “Mas a Índia é de uma realidade muito distinta. E todo mundo sabe de quantos cientistas indianos trabalham nas áreas de física e matemática. É uma realidade totalmente diferente da América Latina. Então vamos comparar com o México. O México também está em crise. Por isso, vai reduzir os investimentos em ciência para 12,9 bilhões de dólares, mais de 10 vezes mais dinheiro que o Brasil. O que comparado com o PIB do México é 1,1%, proporcionalmente mais de 20 vezes o que o Brasil vai investir.

Mas vamos pegar um hermano bem lascado mesmo, que esteja vivendo uma crise pesada, os argentinos. Os cortes lá foram severos, reduzindo o orçamento para a ciência para apenas 2,1 bilhões de dólares, pouco mais que o dobro do brasileiro. Porém, quando se compara com o PIB argentino, isso significa um investimento de 0,6%, mais de 10 vezes maior que no Brasil. (o quadro da Competitividade CNI pode mudar em breve, concorda?).

Nem vou falar da Nigéria, que também tem um ministério da ciência e tecnologia unido ao de comunicações. Afinal, o orçamento deles é de 23 bilhões, 3% do PIB nigeriano.

Pensei em comparar com a Etiópia, mas só achei dados de 2013. Neste período, trinta anos já tinham se passado desde a terrível fome que chocou o mundo em fotos que circulam até hoje de crianças desnutridas. A Etiópia estava se reconstruindo com uma ditadura que já durava 21 anos. Havia saltado de um PIB de 8 bilhões de dólares em 1984 para 47 bilhões. Um crescimento impressionante, mas ainda distante dos 1,8 trilhão do Brasil em crise de 2017. Mas ainda assim eles investiam 0,6% do PIB em ciência. Doze vezes mais do que o Brasil em 2017.

Atualização: Resolvi comparar com o Uganda, por razões de Book of Mormon. O Uganda vai investir míseros 18 milhões de dólares em ciência! Ganhamos!! Mas, peralá. E o PIB? O Uganda não é rico. Mas eles investem pouco mesmo. Menos de 0,1% do PIB!! Vão investir ridículos 0,06% do PIB!!

Mas é mais que os 0,05% do Brasil.

A discussão continua forte e profunda – Nossa vocação para a Burocracia (vide Fernando Pelegrino, do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica – CONFIES) contribui para o nosso atraso e afeta economicamente sobremaneira os custos das fundações e seus resultados. Veja mais em www.confies.org.br.

Fonte da notícia: http://www.nature.com/news/brazilian-scientists-reeling-as-federal-funds-slashed-by-nearly-half-1.21766

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.