Minha Casa Minha Vida deve gerar 300 mil empregos na construção civil Minha Casa Minha Vida deve gerar 300 mil empregos na construção civil Minha Casa Minha Vida deve gerar 300 mil empregos na construção civil Minha Casa Minha Vida deve gerar 300 mil empregos na construção civil
Foto: Freepik
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Considerado o setor que mais emprega no Brasil, de acordo com dados de junho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicados pela Agência Brasil, a construção civil voltará a gerar mais empregos.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e sócio-diretor da Vega Incorporações, Renato Correia, estima que o novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançado pelo governo federal, deve proporcionar a criação de aproximadamente 300 mil novos empregos com carteira assinada no país, conforme explicou em artigo de A Redação.

À publicação, Renato Correia diz que a expectativa é que sejam construídas cerca de 500 mil moradias por ano, o que deve fazer saltar o número de empregos no setor de 2,7 milhões para 3 milhões até o fim de 2026.

O presidente da CBIC, Renato Correia. Foto: LinkedIn

Para ele, o desafio continua sendo reduzir o déficit de moradias no Brasil e, para isso, é preciso que haja continuidade dos investimentos para que a indústria da construção civil ganhe eficiência, segundo o presidente da CBIC.

“Se não for assim, acabamos gastando mais para fazer o que poderíamos fazer gastando menos. Ou seja, para o orçamento que a União vai dedicar ao programa no ano que vem, seriam necessários, em vez de R$ 9,5 bilhões na faixa 1 (para famílias com renda mensal de até R$ 2.640), colocar entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões para garantir que as obras continuem e que possam ser feitas mais contratações”, afirma Renato.
Atualmente, o déficit habitacional no Brasil está em torno de 6 milhões de moradias. Mas para o presidente da CBIC, é difícil dizer nesse momento se ele será reduzido significativamente com o novo MCMV, por se tratar de um problema de grande envergadura. “Estamos há 14 anos, praticamente, trabalhando com o programa, já produzimos mais de 6 milhões de habitações e o déficit habitacional, que era de 6 a 7 milhões de moradias, continua nesse mesmo patamar”, explica.
Renato Correia, no entanto, avalia que há um amadurecimento com a realização de sucessivos programas de habitação no Brasil. “Vemos com bons olhos um alinhamento melhor entre as diferentes esferas de governo, pois a nossa população tem baixa capacidade de renda para aquisição, ela necessita de subsídios. Somando subsídios dos governos federal, estadual e municipal, cria-se a condição de atender um número maior de pessoas que buscam a sua moradia própria”, avalia.

Avanços

Outro grande avanço destacado pelo dirigente é o aumento do teto de financiamento do MCMV para todo o País, que passa a ser de R$ 350 mil. “Esse valor estava na casa de R$ 265 mil e foi unificado. Isso vai ajudar a abastecer o mercado de imóveis até esse valor, que é financiado pela poupança, e que está com limitação de financiamento por causa dos juros. O novo programa representa uma solução para um grande problema do mercado, para esta faixa, devido à falta de recursos”, afirma.
O projeto de lei que estabelece o novo programa Minha Casa, Minha Vida, foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira (13). O programa traz diversas novidades, como a ampliação do acesso para diferentes faixas de renda, a redução de taxas e o aumento do subsídio para aquisição de imóveis.
O governo estima que, com as novas regras, até o final do ano sejam entregues mais 8 mil unidades habitacionais e que 21,6 mil obras sejam retomadas. A meta é contratar 2 milhões de moradias até 2026, incluindo a possibilidade de acesso ao programa por populações em situação de risco.

*Com informações da Agência Brasil e do jornal A Redação