O Desafio da Gestão para um novo Brasil – 28 anos da FNQO Desafio da Gestão para um novo Brasil – 28 anos da FNQO Desafio da Gestão para um novo Brasil – 28 anos da FNQO Desafio da Gestão para um novo Brasil – 28 anos da FNQ
No último 11 de Outubro a Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, completou 28 anos e aproveitou o momento para compartilhar com a comunidade da qualidade, especialistas e interessados, uma importante reflexão sobre o momento do País e a importância da Gestão para retomarmos o nosso desenvolvimento econômico.
Vamos ao texto:
FNQ Ano 28: 8 lições para o Brasil 2020
Por Jairo Martins, presidente executivo da FNQ
Longe de querer plagiar Yuval Harari, autor do best seller “21 lições para o século 21”, pois o mundo tem um pouco mais de 80 anos para absorver, aplicar e evoluir com essas lições, diferentemente do Brasil, que precisa recuperar as perdas de quase duas décadas de má gestão para “ontem”. Utilizo-o apenas como referência para demonstrar o abismo que nos separa do mundo desenvolvido.
Qualquer empreendimento humano, seja público ou privado, com ou sem fins de lucro, é responsável por um processo de transformação de recursos em valor para a sociedade. Para executar esse processo, de forma eficaz e eficiente, são necessários clareza de propósito, organização estruturada, recursos e insumos disponíveis, processos e fluxos claros, pessoas treinadas, tecnologia adequada e, principalmente, capacidade de adaptação, face aos cenários e às responsabilidades que mudam de forma acelerada, em decorrência da escassez de recursos, da mudança climática, do crescimento da população e da evolução tecnológica. É papel da gestão, exercida por uma liderança competente, orquestrar todas essas variáveis, para que os recursos sejam empregados para o bem-estar coletivo, em âmbito mundial.
O fato é que não se consegue conceber como um País como o Brasil, que tem recursos naturais abundantes, clima amigável e solo fértil, que produz o ano inteiro, ainda tenha pessoas que passam fome, com saúde precária e educação sofrível, com índices alarmantes de desemprego e criminalidade, além de ser um dos mais corruptos do mundo.
O que fizemos nesses mais de 500 anos de vida? Por que deixamos o País enveredar por caminhos tortuosos, entrando em uma crise de ética tão alarmante, que redundou na atual crise socioeconômica? Ora, acontecimentos são sempre relações de causas e efeitos. Sucesso é a combinação harmônica de relações de causas e efeitos. Crise ou fracasso é a precipitação desestruturada de relações de causas e efeitos.
Não há dúvidas de que a mediocridade política aliada à conivência e à conveniência dos empresários e dirigentes e à apatia da sociedade foram as grandes responsáveis por este estado de coisas. A má qualidade da gestão do nosso País é a causa-mor do nosso estado de indigência generalizada.
Na data de 11 de outubro de 2019, a FNQ – Fundação Nacional da Qualidade – completou 28 anos. Ao invés de comemorar quase três décadas de existência, cumprindo o seu papel de disseminar, capacitar e instrumentalizar as organizações para que se transformem e gerem valor para os brasileiros, por meio da Plataforma MEG – Modelo de Excelência da Gestão®, vemos, com tristeza, o descaso com o qual a gestão é tratada no nosso País.
Como não é da nossa índole desistir face às dificuldades, desde a nossa criação em 11 de outubro de 1991, quando houve a abertura da economia brasileira, a FNQ renova o seu propósito para que o Brasil encontre o rumo do desenvolvimento sustentável por meio da gestão.
Nesse sentido, como 2019 já é um caso perdido, a FNQ deixa aqui “8 lições para o Brasil 2020”:
1. Liderança Transformadora – atuar de forma ética, inspiradora, exemplar, mobilizadora e comprometida, olhando o curto prazo, porém, trabalhando para construir o futuro;
2. Pensamento Sistêmico – compreender e tratar as interdependências entre os diversos componentes que constituem o País, bem como no contexto global;
3. Compromisso com as partes Interessadas – estabelecer pactos duradouros com todos os integrantes das suas redes de relacionamento, internas e externas, compreendendo as suas necessidades e agindo de forma coletiva e colaborativa;
4. Desenvolvimento Sustentável – ter responsabilidade e compromisso em responder pelos impactos das suas ações na sociedade e no meio ambiente, executando ações proativas e reparadoras;
5. Orientação por Processos – buscar sempre a eficiência e a eficácia na execução das atividades e das ações, melhorando a produtividade das organizações e a competitividade do País, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento;
6. Adaptabilidade – ser agente de transformação, executando mudanças em tempo hábil, com discernimento e bom-senso, face às demandas das partes interessadas e as mutações de cenários;
7. Aprendizado Organizacional e Inovação – ser protagonista para buscar e alcançar novos patamares de competência, por meio do compartilhamento de conhecimento e da criação de um ambiente propenso à inovação;
8. Geração de Valor – alcançar resultados econômicos, sociais e ambientais, que se sustentem ao longo do tempo, respeitando os preceitos da ética e da diversidade.
Para que o nosso País encontre, definitivamente, o caminho da prosperidade, esperança de todos os brasileiros, sem exceção, essas “8 Lições” devem ser aprendidas e praticadas por todos, cidadãs, cidadãos, políticos, governantes, empresários, líderes e dirigentes, enfim, por aqueles que querem o sucesso do Brasil.
Não há mais espaço para “esperar para ver”, pois é tempo de “arregaçar as mangas e fazer”.
Essa atitude transformadora de cada um dos que aqui vivem seria o melhor presente que a FNQ desejaria receber nos seus 28 anos de idade.
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.