“O difícil é ser simples”, diz o nosso amigo e acadêmico da ABQ, Claudius D’Artagnan, velho companheiro desde os tempos do movimento pela qualidade no Brasil via Embraer.
O momento que passamos no Brasil é sem dúvida um momento crítico e exige (como já aconteceu em outras oportunidades) uma profunda reflexão, especialmente por parte dos gerentes líderes das organizações. Não custa buscar no tempo a experiência japonesa no pós guerra, quando, com ajuda de Deming e Juran, empresas, entidades governamentais, comunidade científica e organizações diversas assumiram o compromisso do “fazer certo da primeira vez”.
Dentro deste espírito nipônico é que vamos convocar todos os nossos leitores para uma ação simples e objetiva: Por quê nossos empresários não aceitam as contribuições dos seus funcionários na busca de redução dos custos, redução de perdas e melhorias de processos? Onde está a resposta? São eles os únicos sabedores das soluções que as empresas tanto precisam para enfrentar a concorrência e promover a inovação em produtos e serviços?
Pesquisas mostram que nossos empresários mesmo sabendo da importância da mobilização do seu exército de colaboradores não sabem como liderá-los rumo aos objetivos e sobrevivência e crescimento. Mas existe uma saída para que possam iniciar uma ação importante na busca de novos e importantes objetivos – Sabe qual é este projeto? A resposta simples e objetiva: O Projeto 5S. Experimentado e consolidada em várias empresas japonesas e também do mundo inteiro. Veja o quadro abaixo:
A simplicidade do Projeto 5S nos leva a experimentação de outras técnicas e ferramentas mais elaboradas, mas é preciso colocar a mão na massa, fazer acontecer.
O exercício da participação e contribuição real para a empresa tem como resultado comportamental a absorção e o conteúdo do sentimento de pertencer e o sentido de propriedade: eu sou parte desta empresa e responsável pelas conquistas…
Simples não? No conjunto das ações de participação e resultados para a organização reside uma profunda mudança de comportamento que envolve lideranças e liderados e não apenas “chefes e subordinados”. Concorda?
Se a empresa quer consolidar o seu programa de Qualidade, ISO 9001, 14001, Planejamento Estratégico, Inovação, entre outros, sugiro começar pela simplicidade – PROJETO 5S. Agora, já!
Colunista
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.
