
Nos últimos 18 meses, mais de 500 arquitetos e designers dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahamas, Itália, Reino Unido e China conheceram mais sobre as rochas naturais brasileiras.
Eles participaram de palestras técnicas realizadas por um corpo de especialistas nomeado pelo It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto de incentivo às exportações de rochas ornamentais brasileiras promovido pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
As apresentações foram feitas em várias cidades norte-americanas, asiáticas e europeias.
Volta ao mundo
Nos Estados Unidos, a equipe brasileira esteve na cidade de Nova Iorque, em maio de 2022, participando do Casa Brasil. Em novembro, foi a vez de visitar o estado do Arizona, na cidade de Tucson. Em 2023, Las Vegas (Nevada) e San Diego (Califórnia) receberam o evento janeiro e abril, respectivamente.
No arquipélago das Bahamas, o evento foi realizado na capital Nassau, em maio do ano passado. Já os Emirados Árabes sediaram por duas vezes o encontro, ambas no final de 2022. A primeira em Dubai, durante a The Big 5; e outra em Abu Dhabi.
A equipe do Brazilian Natural Stone visitou a cidade italiana de Verona, em setembro do ano passado. E Londres (Reino Unido) fez parte do roteiro do projeto por duas vezes. Uma edição do evento ocorreu em agosto do ano passado; e outra no mês seguinte.
Além dos encontros presenciais, houve uma apresentação virtual aos profissionais chineses, realizada em outubro de 2022.
Oportunidades
Na avaliação do vice-presidente do Centrorochas, o empresário Fabio Cruz, essas apresentações foram uma oportunidade única.
“Mesmo sendo líder em geodiversidade mundial, as rochas brasileiras sempre surpreendem. Seja pelo tamanho e potencial do mercado, seja pela capacidade tecnológica de produção ou até mesmo pela sustentabilidade dos processos”, destacou o especialista, que mediou vários encontros, para divulgar o potencial do setor de rochas ao mercado internacional.
Variedades

“Sem sombra de dúvida, nossos materiais surpreendem pelas cores, texturas, padrões e qualidade de acabamento”, destaca o especificador internacional de rochas ornamentais, Paulo Giafarov, que também conduziu algumas apresentações. Ele destacou aos profissionais estrangeiro as possibilidades de uso e criação com as os materiais brasileiros.
Um dos profissionais impactados pelas apresentações, o sócio-gerente e líder de design da BKV Group, de Chicago, Robert Muller, saiu do encontro inspirado para utilizar rochas brasileiras em seus projetos. “É inacreditável a vasta quantidade de diferentes e lindas pedras que estão disponíveis no Brasil. Isso, definitivamente, abriu minha mente para novas possibilidades, para como eu posso usá-las em meus projetos. São inúmeras possibilidades e espero que oportunidades surjam futuramente”, afirmou.
Rogério Ribeiro, gerente do projeto setorial, Vivian Coser, arquiteta e designer brasileira, e o empresário Gonsalo Machado também fizeram parte do corpo técnico das palestras, nesses 18 meses. No início deste ano, o Centrorochas realizou uma seleção de profissionais para somarem ao quadro de especialistas capazes de fazer a promoção das rochas naturais brasileiras. Em breve, outros nomes irão integrando essas ações de divulgação.
Riqueza brasileira
Quarto maior produtor mundial e quinto maior exportador, o Brasil conta com outras iniciativas para promoção de suas rochas naturais, mas de maneira inversa. Convidando especificadores e formadores de opinião internacional para viverem uma “experiência de Brasil” associada às rochas ornamentais, o It’s Natural – Brazilian Natural Stone realiza os projetos Imagem e Designer in Brazil. Neles, jornalistas, arquitetos e designers de renome internacional têm a oportunidade de visitar pedreiras, indústrias e obras realizadas com rochas, além de vivenciar um pouco da música e culinária brasileira.
O premiado arquiteto norte-americano, Samuele Sordi, arquiteto-chefe da Pininfarina nas Américas, fez parte do grupo convidado pelo projeto setorialpara conhecer o arranjo produtivo nacional. Bem como, visitar a Vitoria Stone Fair, uma das maiores feiras do segmento das Américas.
Sordi ficou impressionado com a riqueza e singularidade das rochas naturais brasileiras. “Foi uma experiência incrível conhecer a singularidade dos materiais brasileiros. Eu não sabia muito bem antes de vir aqui”, afirmou o profissional.
“As rochas brasileiras são muito inspiradoras, suas cores, diferentes nuances e texturas. Tenho certeza de que usarei muito no futuro. É algo inesperado e incomum”, completou.
Sustentabilidade
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