Economia

No Japão, banco mantém política monetária inalterada

O banco decidiu prorrogar por um ano os prazos de pagamento de empréstimos de dois programas

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Foto: Reprodução

O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu nesta quinta-feira (21) manter a meta para a taxa básica de juros, a de depósitos, em -0,1%. A instituição também deixou inalterada a meta de rendimento de bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos, em torno de 0%.

“Por ora, o Banco vai monitorar de perto o impacto do novo coronavírus e não vai hesitar em tomar medidas adicionais de afrouxamento se necessário, e também espera que as taxas de curto e de longo prazo continuem no seu nível corrente ou abaixo disso”, diz o comunicado do BoJ.

A autoridade monetária manteve a meta de compras de fundos de índices referenciados em ações (ETFs, na sigla em inglês) em 12 trilhões de ienes por ano, o equivalente a cerca de US$ 116 bilhões O BoJ deixou inalteradas as compras adicionais de commercial papers (CP) e bônus corporativos em 15 trilhões de ienes, o equivalente a US$ 145 bilhões, até setembro de 2021.

O banco decidiu prorrogar por um ano os prazos de pagamento de empréstimos de dois programas. Foram contempladas a Medida de Provisionamento de Fundos para Estimular o Empréstimo Bancário e a Medida de Provisionamento de Fundos para Apoiar as Fundações para o Crescimento Econômico.

O presidente do Banco do BoJ, Haruhiko Kuroda, afirmou nesta quinta-feira que a instituição planeja examinar qualquer efeito colateral e a sustentabilidade de sua atual política de relaxamento na próxima reunião de política monetária, em março. Kuroda disse que o BoJ não tem planos de alterar a atual postura de controlar a curva de juros, mas comentou que a instituição busca meios de controlar suas metas para os retornos de modo mais efetivo.

“Nós revisaremos o balanço entre efeitos e efeitos colaterais do relaxamento monetário, incluindo a política de controle da curva de juros, ao longo dos últimos quatro anos”, disse ele durante entrevista coletiva, após o BoJ manter a política monetária. Segundo Kuroda, ainda é “muito cedo” para discutir a saída do atual relaxamento monetário no Japão. Ele afirmou que o BoJ “não hesitará” em adotar relaxamento monetário adicional, se necessário.

O dirigente também comentou que o banco central avaliará “com cuidado” os efeitos da política do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a economia e os mercados globais. Fonte: Dow Jones Newswires.