Economia

Gasolina deve subir 7,2% e etanol, 5%, nas bombas com volta da Cide, diz o Pine

O Banco Pine prevê que a reintrodução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) elevará o preço da gasolina em 7,2% nas bombas

Redação Folha Vitória
Foto: Agência Brasil

São Paulo - O Banco Pine prevê que a reintrodução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) elevará o preço da gasolina em 7,2% nas bombas. A cotação será reajustada em fevereiro e deve acarretar um incremento médio de 5% na cotação do etanol hidratado até o início de abril, quando começa a safra 2015/16 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil. "A elasticidade de preço do etanol hidratado, pelos nossos cálculos, é de 68% da variação do preço da gasolina e demora até dois meses para ser integral", diz a instituição por meio de relatório assinado pelo analista Lucas Brunetti.

Ainda segundo o Pine, esse aumento de 5% no preço do hidratado faria o mix de produção pender em mais 0,6% para a produção de etanol em 2015/16, o que significa dizer que mais cana será destinada à produção do biocombustível em vez da fabricação de açúcar. Pelos cálculos do banco, a elevação da cotação do hidratado em 5% representaria uma queda de 450 mil toneladas na produção de açúcar na safra.

O Pine estima fabricação de 33 milhões de toneladas de açúcar na próxima temporada, 3,2% mais na comparação entre os ciclos. Quanto ao etanol, a produção deve avançar 1,4%, para 26,4 bilhões de litros, dos quais 15,2 bilhões de litros apenas de hidratado (+0,4%). A moagem de cana no Centro-Sul também deve aumentar, em 3,7%, para 592 milhões de toneladas.

O retorno da Cide foi anunciado na segunda-feira, 19, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O tributo será de R$ 0,22 por litro de gasolina e passará a valer, efetivamente, em três meses. Até lá, esse R$ 0,22 será preenchido pelo aumento das alíquotas PIS/Cofins.

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