Economia

Fundos da zona do euro elevam meta de emissão de bônus por causa da Grécia

Redação Folha Vitória

Bruxelas - Os dois fundos de ajuda da zona do euro, o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) e o Instrumento de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF) elevaram seus planos somados de emissão de bônus de longo prazo em 14% em 2017, na comparação com a meta preliminar, para cobrir necessidades extras de liquidez relacionadas ao alívio à dívida da Grécia. Segundo Kalin Anev Janse, integrante do conselho de gerenciamento do ESM, caso haja alguma razão para alterar o volume de dívida emitida no futuro, isso será feito.

A meta conjunta de emissão de dívida de longo prazo dos dois fundos para 2017 agora está em 57 bilhões de euros (US$ 60 bilhões), levando-se em conta que todas as medidas de alívio da dívida no curto prazo sejam implementadas. Janse disse que a meta é sempre uma estimativa e cita como exemplo a Espanha, que no ano passado pagou 1 bilhão de euros antecipadamente de seu empréstimo para recapitalização bancária. Isso fez o ESM cortar sua meta de financiamento em igual montante em 2016.

As medidas de alívio da dívida estão atualmente no processo de aprovação formal. O conselho do ESM deve dar luz verde à iniciativa até o fim de janeiro, segundo Janse.

Enquanto os ministros das Finanças da zona do euro aprovavam as medidas de alívio propostas pelo ESM no início de dezembro, o governo grego anunciou benefícios para pensionistas e a suspensão de uma alta no imposto sobre valor agregado, em uma decisão não coordenada com seus credores. As ações sem coordenação levaram ao congelamento das medidas de alívio, mas uma carta subsequente do ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, acalmou os ânimos.

As medidas de alívio da dívida para a Grécia consistem na troca de notas de taxas flutuantes usadas para recapitalização dos bancos com bônus de taxas fixas e vencimentos mais longos; acordos de swap de taxa de juros para reduzir o aumento no custo da dívida grega por meio do ESM quando as taxas do mercado subirem; e a troca de vencimentos entre as emissões de bônus do ESM e os empréstimos gregos para oferecer taxas fixas em algumas parcelas futuras de empréstimos, segundo Janse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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