Economia

China prevê maior volatilidade de fluxo de capitais em 2015

Redação Folha Vitória

Pequim - A China deve registrar maior volatilidade nos fluxos de capital nesse ano, após um período de expansão dos valores enviados ao exterior e de menor entrada de capital, no final do ano passado. A Administração de Comércio Exterior do Estado afirmou também que a taxa de câmbio pode ser fixada por curtos períodos, mas alertou que isso não deve ser feito por um longo período, ou poderia criar distorções.

A China permanece vantajosa para investimentos estrangeiros no longo prazo, uma vez que a economia apresenta um desempenho melhor que o registrado em outros países, afirmou o órgão, em relatório publicado hoje. Além disso, a moeda é atrativa por apresentar maiores taxas de juros. No entanto, a declaração aponta que a crescente volatilidade nos fatores envolvidos aumenta a dificuldade de prever os fluxos de capital.

"Ainda que a China continue apresentando um grande superávit comercial e que a taxa de juros do yuan ainda seja maior que a de outras moedas, o crescente aumento de fatores adversos pode causar grande volatilidade nos fluxos de capital", explica.

Em seu último relatório, a Administração de Comércio Exterior da China afirmou que economias emergentes têm sido prejudicadas pelo fortalecimento do dólar. O fraco desempenho da economia europeia, assim como o crescimento econômico mais lento na China também foram apontados como fatores importantes e que devem ser considerados.

O crescimento da economia chinesa foi de 7,4% no ano passado, menor ritmo em quase 25 anos, mas ainda muito acima da expansão de outras importantes economias. De acordo com dados preliminares, o país reportou déficit de US$ 91,2 bilhões na conta capital e financeira no quarto trimestre do ano passado, após registrar déficit de US$ 9 bilhões no terceiro trimestre. Por outro lado, o superávit comercial da China aumentou, em virtude da queda dos preços das commodities, e a tendência deve se manter. O superávit comercial em janeiro atingiu o recorde de US$ 60 bilhões, ante US$ 49,6 bilhões em dezembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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