Carreiras e Profissões

Economia

Você sabia que os pais podem ajudar na projeção de carreira dos filhos?

Com as diversas mudanças do mercado de trabalho, muitos pais começam a preparar os filhos para as novas profissões ainda na infância

Breno Ribeiro

Redação Folha Vitória
Foto: pexels

Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho evolui com o avanço da tecnologia e sofre mudanças cada vez mais rápidas. Independente de qual área seja, todos os profissionais devem estar habituados com essas frequentes alterações. Nesse cenário, muitos pais começam a se preocupar com o direcionamento da carreira de seus filhos mesmo que ainda bem pequenos.

Se antes a resposta para velha pergunta "o que você quer ser quando crescer?" já não tinha uma assertividade grande, atualmente isso tem uma proporção ainda maior. As crianças de hoje podem responder uma profissão que tem grandes chances de nem existir mais no futuro. Com tantas incertezas, muitos pais já pensam em preparar seus filhos para esse futuro ainda na infância.

É o caso do contador Bruno Ribeiro, pai do pequeno Benício, de apenas três anos. "O mercado de trabalho muda muito e, provavelmente, muitas profissões terão grandes mudanças. Da forma como as coisas caminham, acho importante encaminhar o futuro do meu filho. Na escolinha dele eu procurei saber sobre a didática de ensino, material, tipos de aula, se tem aulas de informática, por exemplo, que é fundamental... O método kumon e o idioma inglês também são coisas essenciais que eu quero que ele aprenda", afirma.

O interesse do Bruno em que o filho aprenda inglês o quanto antes, por exemplo, é reflexo da exigência do mercado de trabalho. Apesar da procura, o Brasil ainda deixa a desejar no domínio do idioma. O Índice de Proficiência em Inglês da EF aponta que os brasileiros ocupam a 59ª posição no ranking de países com mais habilidade em inglês.

Segundo Guilherme Pereira, diretor franqueado Uptime Vila Velha, o domínio do inglês já deixou de ser um diferencial e passou a ser essencial em muitas profissões.

"Temos programas que atendem de adolescentes de 11 a 15 anos, até o programa mestre, que atende pessoas que estudam a parte gramatical, fonética e etc. Essa preocupação surge a partir do momento que o inglês deixou de ser um diferencial. Hoje, para muitas profissões, isso é obrigatório. Basicamente os entrevistadores nem perguntam se você sabe falar inglês, isso já está subentendido. Nós temos alunos hoje que estão trabalhando com energia solar na Bélgica", diz.

Daniely Oliveira, CEO da Ballpark, instituição com foco em aulas de inglês para negócios e in company, comenta que todos os tipos de empresas buscam por profissionais com domínio do inglês. "Capacitação profissional nesse idioma é fundamental para fortalecer o poder de negociação, comunicação em reuniões, viagens, para escrever um e-mail, atender uma entrevista de trabalho... São diversas as situações em que o conhecimento da língua inglesa é exigido e por isso é tão importante".

Ouça o áudio abaixo:

Daniely Oliveira fala sobre exigência do inglês pelo mercado

Foto: Divulgação
Além das aulas de inglês, os pais recorrem a robótica para estimular as habilidades dos filhos

Muitos pais também demonstram interesse em que seus filhos tenham habilidades tecnológicas. Robótica, por exemplo, é uma das áreas que mais crescem no mundo e tem grande rentabilidade. "As crianças têm uma capacidade de assimilar impressionante. Nós recebemos crianças até com certas dificuldades, outras com habilidades. A robótica ajuda todos esses pequenos na questão de concentração, trabalho em equipe e muito mais. Nosso foco é desenvolver habilidades nas crianças", explica a diretora da Robovix, Leila Ferreira.

Mas até que ponto deve ser a influência dos pais nessa trajetória de seus filhos? Segundo a psicopedagoga Cheila Araújo Mussi, os pais podem apresentar informações para os filhos sobre possíveis caminhos de profissão. "Essas ofertas só não são positivas a partir do momento em que elas não fazem parte da escolha da criança quando elas vão desenvolvendo seus interesses. A intervenção no sentido de mostrar e apresentar partes boas e ruins de uma profissão faz parte. Porém, quando essa intervenção passa a ser uma imposição, já é um ponto negativo. É preciso buscar um equilíbrio", revela a psicopedagoga.

Cheila explica que quando os filhos chegam no momento de decidirem qual rumo profissional tomar, a decisão pode ser permanente ou não. Confira no vídeo:

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