Economia

ONS reduz previsão de nível de reservatórios na região Sudeste para 28,6%

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico revisou nesta sexta-feira, 20, a previsão para o volume de chuvas e o nível dos reservatórios de água do País em março. As previsões para a região Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento do sistema, ficaram levemente abaixo daquelas divulgadas na sexta-feira passada: os reservatórios devem fechar o mês com 28,6% da capacidade, e não mais com 29,1%. Já a Energia Natural Afluente (ENA) prevista para o mês foi reduzida de 83% para 80% da média de longo termo (MLT).

A visão menos otimista também abrangeu as demais regiões do País. No Sul, a previsão de ENA foi reduzida de 122% para 116% da média histórica. Com isso, os reservatórios devem chegar ao final de março com o equivalente a 43% da capacidade de armazenamento, e não mais de 50,1%. No Norte, a mesma situação: a previsão de ENA caiu de 70% para 65% da média histórica e o nível esperado para os reservatórios passou de 62,5% para 56,5% da capacidade total.

Na região Nordeste, onde o nível de água armazenada também é crítico, o ONS manteve estável a previsão de ENA: 39% em março. A estimativa para o nível dos reservatórios, por outro lado, foi elevada de 23,3% para 23,9%.

Ontem, o nível dos reservatórios estava em 24,5% na região Sudeste/Centro-Oeste, 43,99% na região Sul, 47,96% no Norte e apenas 20,5% na região Nordeste.

CMO

O relatório semanal divulgado pelo ONS também informa uma revisão no preço do Custo Marginal de Operação (CMO) para os quatro subsistemas. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, os indicadores foram elevados em 6,5%, para R$ 1.204,34/MWh. Na região Nordeste, a elevação foi maior, de 37%, para R$ 1.040,32/MWh. No Norte, a alta foi de 36,9%, para R$ 737,71/MWh.

Apesar da elevação do indicador em todos os submercados, o preço limite de R$ 1.420,34/MWh estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não foi atingido. Segundo parâmetros estabelecidos pela agência reguladora, sempre que o custo de operação estiver acima desse limite, o consumo de energia deve ser reduzido em 5%. A medida, contudo, nunca chegou a ser adotada, apesar de a barreira ter sido rompida em outras oportunidades.

Como o CMO é o balizador para o preço de liquidação das diferenças (PLD), e como há um limite no valor do PLD ao teto de R$ 388,48/MWh, não é esperada qualquer mudança no valor do PLD para a próxima semana. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é a responsável pela divulgação do indicador.

Carga

O ONS também elevou de 2,4% para 2,5% a previsão de crescimento da carga de março, na comparação com o mesmo período do ano passado. A variação é explicada pela expectativa mais otimista em relação às regiões Sul e Nordeste, em contrapartida a uma queda da carga prevista para a região Sudeste. A carga em março deve atingir 67.989 MW médios.

As previsões de carga nas regiões Sul e Nordeste foram ajustadas de alta de 8,7% para 9,3% e de 4,7% para 6,2%, respectivamente. No caso do Sudeste, a projeção foi reduzida de 0,8% para 0,3%. No Norte, a carga deve encolher 3% na comparação entre os meses de março, pouco abaixo da previsão de -3,1% da sexta-feira passada.

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