Economia

Produção e vendas internas de químicos recuam no 1º bimestre, aponta Abiquim

Redação Folha Vitória

São Paulo - A produção e as vendas internas de produtos químicos de uso industrial recuaram 1,68% e 4,75%, respectivamente, nos dois primeiros meses de 2015, em comparação ao mesmo período do ano passado, informou nesta quarta-feira, 25, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Segundo a entidade, a parte mais expressiva dessa retração está associada à redução da atividade econômica nacional.

"Clientes de importantes cadeias, como construção civil, óleo/gás e indústria automobilística, reduziram expressivamente suas operações, com impacto na química, que é fornecedora de praticamente todos os setores industriais", afirma a Abiquim, na nota. A entidade destaca também que, com menor impacto, ocorreram diversas paradas, programadas ou não, para manutenção, em importantes grupos da amostra.

Em igual período, as importações também apresentaram recuo de 3,7%. "A queda simultânea na produção e nas importações reforça um cenário preocupante de substituição da demanda de químicos por produtos importados acabados, a ser confirmado nos próximos meses", ressalta a entidade.

Ainda de acordo com a Abiquim, em fevereiro, o índice de preços caiu 7,46% sobre o mês anterior - terceira queda consecutiva, acumulando recuo nominal de 8,39% nos dois primeiros meses de 2015. O índice de utilização da capacidade instalada ficou em 74% em fevereiro, com resultado de 78% na média do primeiro bimestre.

Nos últimos 12 meses, de março de 2014 a fevereiro de 2015, produção caiu 4,20%, enquanto as vendas internas recuaram 5,03%. O índice de preços também vem caindo, puxando a variação nominal acumulada de 12 meses para baixo (-7,9%, contra +7,25% no acumulado de janeiro a dezembro de 2014).

A Abiquim destaca ainda que, apesar dos resultados negativos da atividade industrial, o consumo aparente nacional (CAN), importante medida da demanda nacional por produtos químicos, registrou alta de 0,6% nos últimos 12 meses, até fevereiro de 2015, na comparação com os 12 meses anteriores.

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